Mundo – Juliana Marins, brasileira de 26 anos, aparece em um vídeo momentos antes de sofrer queda em trilha no vulcão Rinjani, localizado na Indonésia. A jovem foi encontrada morta nesta terça-feira (24), após ficar lá por quatro dias.
No registro, é possível ver que Juliana e uma amiga mostram como estava o local. A região estava tomada pela neblina, enquanto as amigas conversavam sobre a vista. No material publicado a jovem brasileira expressou sua admiração pela paisagem e a justificativa para a aventura: “Fizemos isso pela vista. Então estou feliz.”.
Juliana havia iniciado a trilha ao lado da turista italiana Federica Matricardi, com quem conheceu na véspera da expedição. No vídeo gravado após uma exaustiva subida de aproximadamente 1.500 metros, a brasileira aparece sorrindo e diz: “Nós fizemos (o passeio) pela vista. Então, estou feliz”.
A tragédia aconteceu na noite de sexta-feira (20), por volta das 19h, no horário de Brasília. Juliana fazia parte de um grupo de sete turistas acompanhados por dois guias. Em determinado momento, exausta, ela decidiu parar. Segundo a irmã da vítima, Mariana Marins, o guia que deveria estar acompanhando o grupo não ficou com Juliana e continuou a subida, deixando-a sozinha na montanha.
O guia Ali Musthofa relatou que se afastou por apenas três minutos, mas só percebeu o desaparecimento de Juliana após cerca de 15 a 30 minutos. Quando voltou para procurá-la, viu a lanterna da brasileira despencando por um despenhadeiro e ouviu seus gritos por socorro. “Tentei desesperadamente dizer para ela esperar por ajuda”, contou.
Juliana caiu em uma fenda profunda e foi localizada três horas e meia depois por outros turistas, por meio de um drone. Ela ainda estava viva, consciente, mas com dificuldades para se mover.
O resgate, no entanto, foi marcado por desorganização e falhas graves. No dia seguinte, a família de Juliana foi informada que ela teria recebido comida, água e cobertores, o que trouxe alívio momentâneo. No entanto, horas depois, descobriram que as imagens enviadas eram falsas: Juliana nunca recebeu os suprimentos prometidos e não recebeu nenhum tipo de atendimento emergencial enquanto estava com vida.
O caso gerou revolta nas redes sociais. A família de Juliana exige investigação rigorosa e responsabilização dos envolvidos.