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Vídeo de Bolsonaro falando das eleições e apagado é recuperado

Bolsonaro

Brasil – A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nessa sexta-feira (15) que conseguiu recuperar um vídeo publicado e depois apagado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em o ex-mandatário teria feito questionamentos sobre as urnas eletrônicas e mentiras sobre as eleições do ano passado.

A informação e o relatório de perícia foram enviados ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, e vai compor o inquérito que apura os suspeitos de provocarem as pessoa a cometerem os atos de vandalismo em 8 de janeiro, em Brasília.

Segundo a PGR, o vídeo é primordial para o andamento do processo para que possa eventualmente denunciar Bolsonaro por incitação ao crime em decorrência dos atos de invasão e depredação das sedes dos Três Poderes.

Ainda segundo a PGR, a recuperação do vídeo vai “viabilizar a continuidade da persecução penal contra o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro, bem como permitirão apurar a responsabilidade da empresa Meta em relação à não preservação do conteúdo”.

O vídeo foi postado no perfil de Bolsonaro no Facebook em 10 de janeiro, dois dias depois dos ataques às sedes dos Três Poderes. Nele, o procurador Felipe Gimenez, de Mato Grosso do Sul (MS), defende que a eleição de Lula foi fraudada e que o voto eletrônico não é confiável. O recorte mostra a legenda “Lula não foi eleito pelo povo, ele foi escolhido e eleito pelo STF e TSE”.

A empresa Meta, responsável pela plataforma, informou no começo do mês que o conteúdo não está disponível por não ter sido intimada a tempo para preservar o material. Em agosto, a empresa já havia informado que o vídeo foi deletado por Bolsonaro e que não estava mais disponível nos seus servidores.

A PGR solicitou por três vezes a preservação do material. O último pedido levou Moraes a determinar à Meta, no começo do mês, o envio do material em 48 horas, sob pena de multa diária de R$ 100 mil.

Entenda

O ex-presidente foi incluído no inquérito por ordem de Moraes a pedido da PGR. Bolsonaro passou a figurar na investigação por causa de uma publicação feita em seu perfil no Facebook em 10 de janeiro.

Na ocasião, ele postou um vídeo com desinformação sobre as eleições e que contestava o resultado eleitoral, dizendo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teria sido eleito pelo povo. Apagou horas depois.

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