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Veja como foram os bois na segunda noite do Festival de Parintins

Veja como foram os bois na segunda noite do Festival de Parintins

Parintins (AM) – A segunda noite do 58º Festival Folclórico de Parintins, realizada neste sábado (28), foi um espetáculo de cores, emoções e resistência cultural. O Bumbódromo testemunhou apresentações grandiosas dos bois Caprichoso e Garantido, que encantaram o público com temas profundos e performances memoráveis.

Boi Caprichoso: Resistência e ancestralidade negra

O Boi Caprichoso abriu a noite com o tema “Kizomba: Retomada pela Tradição”, mergulhando na ancestralidade negra amazônica. O espetáculo, parte do tema anual “É Tempo de Retomada”, celebrou a cultura afro-brasileira e denunciou o apagamento histórico da presença negra na região.

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(Imagens: Reprodução/ Boi Caprichoso)

Com três alegorias imponentes e dois módulos cênicos, o Caprichoso trouxe referências aos quilombos do Amazonas e às tradições africanas, destacando sua influência na formação do boi-bumbá. A apresentação contou com 300 marujeiros e 1.800 brincantes, criando um cenário de forte impacto visual e emocional.

Sinhazinha Valentina Cid encantou o público ao surgir de um módulo em forma de boto, com seu vestido se transformando em uma Vitória-Régia e depois em botos pequenos, simbolizando a magia amazônica.

Cunhã-Poranga Marciele Albuquerque, da etnia Munduruku, surgiu de uma águia gigante, representando a resistência indígena após a poderosa toada “Flechas e Fuzis”.

Rainha do Folclore Cleise Simas arrebatou o público ao representar a lenda “Sacaca Merandolino: O Encantador de Arapiuns”, trazendo à vida o folclore amazônico.

O Garantido entrou no Bumbódromo com o grito “Boi do Povo, Boi do Povão”, celebrando suas raízes populares no subtema “Garantido, Patrimônio do Povo”. A apresentação exaltou a cultura perreché, forjada pela resistência de negros, indígenas e trabalhadores.

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(Imagens: Reprodução/ Boi Garantido / Acrítica)

Sinhazinha Valentina Coimbra encantou com seu bailado leve ao som da toada “Sinhazinha do Meu Boi”, usando um vestido que homenageava a vaqueirada.

Cunhã-Poranga Isabelle Nogueira protagonizou um espetáculo baseado na lenda “A Lendária Epopeia de Tamapu”, surgindo como uma ave de rapina em uma alegoria grandiosa.

Rainha do Folclore Lívia Christina brilhou com sua simpatia e desenvoltura, consolidando-se como um dos grandes nomes do festival.

Incidente interrompe os bois

Apesar de um momento de tensão, quando um membro da diretoria do Caprichoso passou mal e foi socorrido, o festival seguiu normalmente, após breve interrupção.

O 58º Festival de Parintins segue até sua última noite, prometendo ainda mais emoções no duelo entre os dois bois mais amados da Amazônia.

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