Sindicato mantém greve de ônibus mesmo após Justiça autorizar uso da força policial

Sindicato mantém greve de ônibus mesmo após Justiça autorizar uso da força policial

Manaus (AM) – A greve dos rodoviários chegou ao seu segundo dia nesta quarta-feira (16), em protesto contra a demissão em massa de cobradores de ônibus e a ausência de reajuste salarial para a categoria. Diante da paralisação, o desembargador David Alves de Mello Júnior, do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT11), determinou a intimação urgente do sindicato, exigindo que, no prazo de 24 horas, seja informado se a greve continuará.

Ao Portal Tucumã, o Sindicato dos Rodoviários afirmou que a greve vai continuar até a categoria conseguir uma negociação. O movimento pressiona o poder público e tenta sensibilizar a população para a situação enfrentada pelos trabalhadores do transporte coletivo.

Segundo o vice-presidente do sindicato, Givancir Oliveira, só na empresa Via Verde cerca de 80 cobradores foram demitidos desde dezembro, e há o temor de que essa prática se espalhe para outras operadoras. “Eles querem que os cobradores paguem a conta da incompetência deles. Essa é a realidade”, afirmou Givancir. Para ele, a medida é reflexo da ganância das empresas, que estariam priorizando o lucro em detrimento da dignidade de pais e mães de família.

Além das demissões, os motoristas vêm sendo forçados a acumular a função de cobrador, o que, segundo Givancir, compromete diretamente a segurança dos passageiros e do trânsito. “Se o Código de Trânsito Brasileiro não permite que se use celular ao volante, como pode permitir que o motorista passe troco, cuide de idosos, gestantes, cadeirantes, tudo ao mesmo tempo?”, questionou.

Outro ponto levantado pelo sindicato é o descumprimento de uma lei municipal que garante a permanência dos cobradores nos coletivos. Givancir classificou as empresas como “clandestinas” por atuarem à margem da legislação. O setor jurídico do sindicato já prepara uma ação para garantir o cumprimento da lei e responsabilizar os empresários.

Enquanto a disputa continua na Justiça e nas ruas, a população

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