Os deputados federais Silas Câmara (Republicanos-AM) e Antônia Câmara (Republicanos-AC) estão entre os dez parlamentares mais ausentes da Câmara dos Deputados no primeiro semestre de 2024, uma situação que tem gerado críticas e preocupações sobre o comprometimento dos representantes eleitos com suas obrigações legislativas.
Silas Câmara acumulou seis faltas não justificadas, enquanto Antônia Câmara teve sete. Essas ausências foram registradas durante as sessões deliberativas da Câmara, onde a presença dos deputados é verificada por meio de registro eletrônico ou listas de chamada nominal em Plenário. As faltas não justificadas resultam em descontos nos salários dos parlamentares, além de comprometerem o andamento das atividades legislativas.
O deputado com mais faltas é Chiquinho Brazão (sem-Partido-RJ), envolvido no caso do assassinato da vereadora Marielle Franco e atualmente preso, acumulando assim ausências inevitáveis. A situação de Brazão, embora extrema, destaca a necessidade de maior comprometimento e presença dos parlamentares nas sessões deliberativas.
De acordo com a Constituição Federal, a ausência sem justificativa adequada pode levar à perda do mandato parlamentar. No entanto, a falta de justificativas convincentes para as ausências de Silas e Antônia Câmara tem sido motivo de destaque negativo.
Os deputados têm a possibilidade de justificar suas faltas por diversas razões, como missões oficiais fora da Câmara ou do país, doenças comprovadas por atestado médico oficial, licença-maternidade ou paternidade, e doença grave ou falecimento de familiares de até segundo grau civil. No entanto, um levantamento do site de notícias Metrópoles revelou que Silas e Antônia Câmara não apresentaram justificativas adequadas para suas ausências, o que os colocou no topo do ranking de faltosos.
No primeiro semestre de 2024, a Câmara registrou 493 faltas não justificadas, uma leve redução em relação ao mesmo período do ano passado, que teve 506 ausências. Apesar dessa melhora, a alta taxa de faltas sem justificativa continua sendo um problema recorrente entre deputados de diferentes partidos e orientações ideológicas.