Manaus (AM) – A executiva nacional do PSDB aprovou, nessa terça-feira (29), o início do processo de fusão com o Podemos. A nova legenda, que deve se chamar #PSDB+Podemos, ainda precisa ser ratificada em convenção nacional marcada para o dia 5 de junho. Em seguida, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidirá se aprova ou não a unificação. A presidência do partido será compartilhada em sistema de rodízio.
Embora tecnicamente seja uma incorporação — já que o Podemos tem 20 deputados federais e o PSDB, 13 —, a união tem sido tratada como “fusão” para evitar desgaste entre as siglas. Os diretórios estaduais terão até maio para resolver pendências regionais e ajustar a nova configuração política.
No Amazonas, o impacto da fusão será limitado, já que os dois partidos possuem baixa representatividade. Na Câmara Municipal de Manaus (CMM), o Podemos tem dois vereadores e o PSDB, um. Na Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), apenas o PSDB tem um deputado.
Em Brasília, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) é o único representante das duas legendas no Congresso Nacional e deve tentar a permanência no Senado contra o senador Eduardo Braga (MDB) e o atual governador do Amazonas, Wilson Lima (União).
Nas eleições municipais de 2024, o PSDB não conseguiu eleger vereadores em Manaus e teve desempenho discreto, vencendo apenas em Ipixuna, com a prefeita Paula Augusta. Já o Podemos conquistou a prefeitura de Beruri com Emerson Mello.
A presidente nacional do Podemos, deputada federal Renata Abreu (SP), comemorou a decisão do PSDB e afirmou que a fusão é “uma alternativa sólida para o Brasil”. Em suas palavras, a união fortalece o centro democrático e visa oferecer propostas equilibradas para os desafios do país. A deputada estadual Alessandra Campelo (Podemos-AM) compartilhou a publicação de Renata Abreu nas redes sociais, sinalizando apoio ao movimento.