Brasília (DF) – O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) está à frente de uma campanha para instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que resultaram em prejuízos estimados em R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A iniciativa ganhou força após a deflagração da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União, que revelou descontos indevidos em benefícios de aposentados e pensionistas.
Nikolas tem utilizado suas redes sociais para mobilizar apoio à CPI, destacando a necessidade de apurar responsabilidades e recuperar os valores desviados. Em vídeos que rapidamente se tornaram virais, o deputado critica o governo atual e alega que medidas propostas anteriormente para coibir fraudes foram barradas pela oposição.
A pressão liderada por Nikolas resultou na coleta de assinaturas suficientes para protocolar o pedido de instalação da CPI na Câmara dos Deputados. A proposta, de autoria do deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), já conta com o apoio de mais de 171 parlamentares, número mínimo exigido para a criação da comissão. A CPI visa investigar a atuação de entidades associativas que realizaram descontos irregulares nos benefícios do INSS, bem como possíveis omissões de autoridades públicas.
A iniciativa enfrenta resistência por parte de aliados do governo, que argumentam que a investigação pode ser utilizada como instrumento político. O presidente da Câmara, Hugo Motta, ainda não se pronunciou sobre a instalação da CPI, o que tem gerado críticas por parte da oposição.
Enquanto isso, o escândalo das fraudes no INSS continua a repercutir no cenário político, com debates acalorados sobre as responsabilidades e as medidas necessárias para evitar novos casos. A pressão por transparência e justiça cresce, e a CPI proposta por Nikolas Ferreira promete ser um dos principais focos de atenção no Congresso Nacional nos próximos meses.