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MP-AM se manifesta sobre promotor comparar advogada

Advogada - OAB AM

Manaus (AM) – O Ministério Público do Amazonas (MPAM) se manifestou em nota nesta quinta-feira (14), sobre o caso de promotor de justiça, Walber Nascimento, comparar advogada criminalista com uma cadela.

O caso ocorreu na sessão do 3° Tribunal do Júri na última quarta-feira (3) . O órgão disse que está apurando o ocorrido e ressaltou o seu compromisso com a defesa dos direitos da sociedade e de todas as advogadas do Estado do Amazonas.

Confira a nota postada:

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) vem a público manifestar-se acerca dos eventos ocorridos, na última quarta-feira (13/9), durante a sessão do 3º Tribunal do Júri, no exercício de sua missão de promover a Justiça. Nesse sentido, reafirma o seu compromisso com a defesa dos direitos da sociedade, em especial das mulheres, bem como de todas as advogadas do Estado do Amazonas.

Além disso, informa que a Corregedoria-Geral do Ministério Público do Amazonas instaurou reclamação disciplinar com o objetivo de apurar os fatos ocorridos.

Por fim, o Ministério Público do Amazonas reitera o seu total respeito à advogada, assim como a todas as advogadas e advogados e à Ordem dos Advogados do Brasil.

Entenda o caso:

Manaus – A advogada Catharina Estrella denunciou que foi supostamente xingada, durante uma audiência realizada na 3ª Vara do Tribunal do Júri, pelo promotor de Justiça Walber Luís Silva do Nascimento, nesta quarta-feira (13). Em vídeo encaminhado com exclusividade ao Portal Tucumã, o promotor diz que a advogada confundiu uma fala sua ao afirmar que ele chamou todas as mulheres de “cadela” enquanto ele se referia a uma fala dita pela sua mãe.

Durante a fala de Walber Luís ele chega a dizer que sempre teve pets, que tem uma cachorra e que prefere mais as “cadelas” porque elas são fiéis. No entanto, em determinado trecho do vídeo o promotor chega a dizer a advogada que seria uma ofensa compará-la com a cadela, porque seria ofensivo mais a cadela do que a advogada.

“Ela foi mais além, senhores. Na deslealdade comigo. Ela disse aqui e gritando que estava revoltada com o fato de eu ter comparado todas as mulheres com cadelas, se referindo ao que eu havia dito que a minha mãe me dizia, mas ela entendeu o que eu falei. Ela fez isso por deslealdade e, talvez, ela não saiba disso, mas eu vou dizer pra ela: doutora Catarina eu tenho pet desde que eu me entendo por gente. Fui criado com cachorros e com gatos. Eu tenho até hoje uma cachorra e eu prefiro as cachorras do que os cachorros, prefiro as cadelas  por conta da lealdade que é bem maior. Se tem uma característica que cachorro tem, doutora Catarina, é lealdade. Eles são leais, são puros, são sinceros, são verdadeiros. E no quesito lealdade e, me referindo especificamente a vossa excelência, comparar vossa excelência com uma cadela de fato é muito ofensivo. Mas não a vossa excelência, à cadela. Dito isto, senhores, e a senhora pode ficar a vontade pra chamar prerrogativas”, disse o promotor no vídeo.

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