Manaus (AM) – Moradores da rua Maré, no bairro Alfredo Nascimento, zona Norte de Manaus, entraram em contato com a equipe do Portal Tucumã para denunciar o abandono de um terreno e as péssimas condições da via. Segundo relatos, o espaço abrigava, por mais de 10 anos, um reservatório de água da Prefeitura de Manaus. Hoje, encontra-se tomado pelo matagal, com lixo espalhado, animais mortos e eletrodomésticos descartados irregularmente.

A situação tem causado insegurança na área. Além do abandono, moradores denunciam que o local passou a ser ponto de consumo de drogas. “Há muito tempo Manaus está abandonada, eu acho que aqui nem existe prefeito. Só na época das eleições que eles batem na porta. Por onde você anda é só lixo e buraco”, disse uma moradora.
Outro ponto crítico apontado é a situação da própria rua. Buracos tomam conta da via e de calçadas em frente às residências. Moradores alegam que o bairro foi ignorado em ações recentes de recapeamento realizadas pela Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf).
“A gente paga imposto e não tem retorno”
Uma moradora contou que o reservatório nunca foi desativado oficialmente e que, diariamente, há vazamentos de água no local, o que agrava ainda mais o problema. “Inclusive já vieram fazer recapeamento por aqui, fizeram na rua de trás, fizeram em outra, mas pularam essa. Tem um reservatório aqui que nunca desativaram, escorre água todo dia e acaba com a rua. A gente reclama e eles não vêm consertar”, reclamou.
O Portal Tucumã entrou em contato com a Secretaria Municipal de Infraestrutura de Manaus (Seminf) e com a Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman) para saber quais providências serão tomadas quanto ao terreno abandonado e à situação da rua Maré, mas até o momento não houve resposta.
Relembre outro caso de abandono urbano em Manaus
No bairro Gilberto Mestrinho, na zona Leste de Manaus, moradores das ruas Fortaleza e Londres convivem há mais de 15 anos com buracos profundos, colocando em risco a segurança de quem transita pelas vias. Em 2025, já foram registrados mais de 100 acidentes no local, segundo moradores.
“Nós mesmos colocamos pedras nos buracos, mas a chuva leva tudo embora. Já fizemos várias solicitações à Prefeitura, mas nunca vieram resolver”, disse o aposentado Romualdo Silva. “Quando chove, vira um lamaçal perigoso”, relatou Carlos Almeida, estudante que passa diariamente pela região.