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Militar gravando live enquanto menor põe fogo em morador

Militar gravando live enquanto menor põe fogo em morador

Rio de Janeiro – Novas imagens divulgadas pelo G1 mostram um ataque brutal contra um morador de rua na calçada do bairro do Pechincha, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, ocorrido no dia 21 de fevereiro. O crime envolveu o lançamento de dois coquetéis molotov contra a vítima, identificada como Ludierley, que segue internada e lutando pela vida. O estado de saúde de Ludierley é grave, com dificuldades para falar, respirar e se movimentar devido à intensidade das queimaduras.

Os responsáveis pelo ataque foram identificados como um adolescente de 17 anos e um militar do Exército de 20 anos, Miguel Felipe dos Santos Guimarães da Silva. O militar, que filmou o ato e transmitiu em tempo real pelo aplicativo Discord, parece ter se envolvido no crime como parte de um “desafio” perigoso. O vídeo, compartilhado ao vivo na plataforma, circulou rapidamente, gerando revolta nas redes sociais.

O crime

Segundo a investigação, o ataque fazia parte de um “desafio” incentivado na internet, no qual o adolescente receberia uma recompensa de R$ 2 mil por cumprir a missão de agredir o morador de rua com os coquetéis molotov. O uso do Discord, popular entre jovens para compartilhamento de conteúdos perturbadores e discursos de ódio, foi a plataforma escolhida para a transmissão ao vivo do crime. O ato chocante coloca em discussão o papel da internet e das redes sociais na disseminação de comportamentos violentos e perigosos.

Ludierley, a vítima do ataque, segue internada em estado grave. Médicos e familiares temem pelas consequências a longo prazo das queimaduras e da falta de oxigenação devido aos danos causados pelas chamas.

Responsabilização na Justiça

Ambos os envolvidos, o adolescente de 17 anos e o militar do Exército, Miguel Felipe dos Santos Guimarães da Silva, irão responder na Justiça pelos crimes cometidos. A comunidade e as autoridades locais demonstraram grande indignação com o caso, que levanta questões sobre a responsabilidade de jovens em atividades violentas e a falha na fiscalização de comportamentos nas redes sociais.

O crime ocorrido no Rio de Janeiro não apenas revela o grau de violência urbana em algumas partes da cidade, mas também chama atenção para o crescente uso de plataformas digitais para a propagação de conteúdos nocivos. Especialistas em segurança pública e psicologia alertam sobre os efeitos de desafios e “modinhas” online, que estimulam comportamentos cada vez mais extremos entre os jovens.

As investigações seguem em andamento, e os dois envolvidos poderão enfrentar severas consequências legais, incluindo penas por tentativa de homicídio, agressão e disseminação de conteúdos violentos. O caso continua a ser acompanhado de perto pela população e pela imprensa, com o apoio de movimentos sociais que pedem justiça para Ludierley e mais segurança nas redes digitais.

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