O lançamento do iPhone 15 rendeu mais dinheiro para a Apple do que o iPhone 14, segundo o resultado trimestral divulgado na última quinta-feira (2). A empresa gerou cerca de US$ 89,5 bilhões no período, sendo boa parte deste valor vindo de serviços e assinaturas.
Além do iPhone 15, o setor de serviços da Apple também se destacou. “Hoje, a Apple tem o prazer de relatar um recorde de receita no trimestre de setembro para o iPhone e um recorde histórico de receita em serviços”, pontuou o CEO da Apple, Tim Cook, em comunicado.
“Agora, temos nossa linha de produtos mais forte até o período de festas de fim de ano, incluindo a linha iPhone 15 e nossos primeiros modelos Apple Watch neutros em carbono, um marco importante em nossos esforços para tornar todos os produtos Apple neutros até 2030”, destacou o executivo.
O iPhone 15 representa uma das mudanças mais marcantes para a Apple até hoje: a adoção do USB-C em celulares. A companhia também deu fim ao clássico notch em troca da Dynamic Island em todas as versões, inclusive a mais barata.
Em serviços (iCloud, Apple Music, Apple Care e outros), o crescimento foi considerável. “Todo serviço principal bateu um recorde” disse Tim Cook numa entrevista ao CNBC. Do lucro total, US$ 22,31 bilhões vieram dessas plataformas.
Queda de vendas de Macs e iPads
As vendas de Macs e de iPads, porém, sofreram no mesmo período. O documento revela que a Apple lucrou 34% menos em comparação ano a ano.
Provavelmente, essa queda súbita se deu pelo iminente lançamento dos MacBooks com CPU Apple M3, apresentados num evento recente. Por enquanto, os novos produtos não podem ser comprados.
Contudo, o próximo trimestre promete. Na entrevista ao CNBC, o CEO ressaltou que os novos produtos devem impulsionar a venda de computadores nos próximos meses.
A ausência de novos iPads em 2023, por sua vez, deve ter aprofundado essa disparidade de vendas no setor. A venda de wearables também sofreu 3% de queda no último trimestre.
“Esperamos que o desempenho da receita ano a ano para iPad e wearables, Home e acessórios desacelere significativamente em relação ao trimestre de setembro devido a um momento diferente de lançamento de produtos”, pontuou Tim Cook. “No iPad, lançaos um novo iPad Pro e um iPad de 10ª geração durante o trimestre de dezembro do ano passado”, complementou.
Embora não tenha especificado, Cook dá a entender que não haverá estreias de novos iPads em 2023, diferente do que aconteceu no ano passado.