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Katy Perry viaja ao espaço com tripulação 100% feminina

Mundo – Pela primeira vez em mais de 60 anos, uma tripulação composta apenas por mulheres cruzou a fronteira do espaço nesta segunda-feira (14). A bordo da cápsula New Shepard, da Blue Origin, empresa de turismo espacial fundada por Jeff Bezos, seis mulheres notáveis embarcaram na missão NS-31, em um voo que durou apenas 11 minutos, mas promete ecoar por muito mais tempo na história da exploração espacial.

O lançamento aconteceu às 10h30 (horário de Brasília), a partir da base da empresa no oeste do Texas, e levou a cápsula autônoma além da linha de Kármán, limite reconhecido como o começo do espaço sideral. A bordo, um grupo diversificado de mulheres levou consigo mais que sonhos e curiosidade científica: carregaram representatividade, luta e propósito.

A tripulação foi cuidadosamente escolhida para representar diferentes trajetórias, talentos e causas. Entre elas:

  • Katy Perry, cantora pop e ícone global, foi ao espaço com o desejo de inspirar meninas a ocuparem o lugar que quiserem — até mesmo entre as estrelas.
  • Lauren Sánchez, jornalista, piloto e idealizadora da missão, é também noiva de Jeff Bezos. Foi ela quem pensou cada detalhe da jornada, dos uniformes ao simbolismo.
  • Gayle King, apresentadora e referência da televisão americana, levou sua voz em prol da diversidade e do empoderamento feminino até além da atmosfera terrestre.
  • Aisha Bowe, ex-engenheira da NASA e empreendedora, é um exemplo vivo de como mulheres negras podem transformar o setor de ciência e tecnologia.
  • Amanda Nguyen, ativista dos direitos civis e indicada ao Nobel da Paz, levou sua luta pelas vítimas de violência sexual a um novo patamar — literalmente.
  • Kerianne Flynn, produtora de cinema, é conhecida por promover narrativas femininas no audiovisual. No espaço, ela vira personagem de uma história que ajudou a contar por tantas outras.
Foto: Divulgação

Durante os minutos de microgravidade, as seis puderam flutuar, observar a curvatura da Terra e, mais importante, simbolizar o futuro da exploração espacial, um futuro onde o gênero não é barreira. O voo, sem pilotos ou comandos manuais, foi totalmente automatizado, o que permite que qualquer pessoa, com o preparo necessário, possa sonhar em ir ao espaço.

Com a NS-31, a Blue Origin reforça seu compromisso de tornar o espaço acessível e representativo. Em um setor ainda amplamente dominado por homens, esse marco coloca a mulher como protagonista não só em histórias de ficção científica, mas na realidade concreta da nova era espacial.

Desde o voo histórico de Valentina Tereshkova, em 1963, nenhuma outra missão exclusivamente feminina havia deixado o planeta. Se naquele tempo era uma exceção solitária, agora se torna um coletivo possível.

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