Amazonas – Uma tentativa de estupro chocou os moradores do município de Uarini, no interior do Amazonas, na madrugada do último dia 31 de maio. A vítima, Maria José Ferreira da Silva, de 58 anos, relatou à advogada Adriane Magalhães que foi agredida dentro de sua própria casa por um homem, identificado como Eliseu de Luna Brito. O caso, registrado na delegacia local, ainda não resultou na prisão do suspeito, gerando revolta na comunidade.

De acordo com Maria José, ela foi acordada por batidas insistentes em sua porta por volta das 3h da manhã. Ao atender, reconheceu a voz de Eliseu, que alegou precisar conversar. Mesmo após pedir que ele se retirasse, o homem continuou insistindo. Incomodada com seus pés sujos, ela ofereceu água para que ele se lavasse – foi então que ele a atacou.

“Ele tentou me beijar à força, me deu socos no rosto e tentou arrancar minha roupa”, contou a vítima, que gritou por socorro e chamou pela neta. Assustado, o agressor fugiu, mas deixou cair seu celular no local. Maria José ficou com cortes nos lábios, teve a dentadura quebrada e precisou de pontos na cabeça após ser empurrada contra uma parede de alvenaria.
O exame de corpo de delito comprovou as lesões, e o boletim de ocorrência foi registrado. No entanto, até o momento, nenhum pedido de prisão foi emitido contra o homem. A demora nas investigações mobilizou familiares, vizinhos e ativistas pelos direitos das mulheres.
A advogada Adriane Magalhães, que representa Maria José, fez um apelo nas redes sociais:
“É hora de nos mobilizarmos! Não podemos aceitar que a delegacia e o Ministério Público não tenham solicitado a prisão do agressor. Compartilhem este caso, pressionem as autoridades. A segurança das mulheres depende da nossa voz!”
O que diz a lei?
A tentativa de estupro está prevista no artigo 213 do Código Penal, com pena de 6 a 10 anos de prisão – agravada em casos de violência física ou lesões. A Polícia Civil do Amazonas afirmou que o caso está sob investigação, mas o suspeito segue solto.
Enquanto a justiça não avança, Maria José e a comunidade de Uarini esperam por uma resposta – e pelo fim da impunidade.