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Google culpa adblocks por quedas de visualizações no YouTube

Google culpa adblocks por quedas de visualizações no YouTube

O Google se manifestou após denúncias de vários youtubers de que a quantidade de visualizações em seus canais apresentou uma queda brusca nas últimas semanas. De acordo com a companhia, o vilão pode ser um companheiro indispensável de muitos usuários: o adblock.

Em uma postagem na página de ajuda do YouTube, um funcionário da companhia explicou que a utilização de ferramentas ou extensões que agem como bloqueadores de anúncios por parte do espectador “pode impactar na precisão na contagem da visualização” para os clipes visualizados. “Canais cujas audiências incluem um alto número de usuários utilizando tais ferramentas podem passar por mais flutuações no tráfego relacionadas às atualizações nessas ferramentas“, diz o texto.

Essa já era a suspeita de alguns criadores de conteúdo, que notaram uma proporção desigual na queda de visualizações entre plataformas: o problema parecia mais grave no PC, onde esse tipo de serviço é utilizado com mais frequência.

Como o adblock impacta a contagem de visualizações

De acordo com Jeff Geerling, desenvolvedor e também youtuber, essa tendência parece ser explicada por uma questão técnica. Alguns dos filtros utilizados por boa parte dos adblocks passaram a incluir uma URL do YouTube que é responsável por quantificar a visualização, o que pode prejudicar a contagem.

A análise aponta que outras métricas de engajamento não caíram junto com visualizações, como comentários e joinhas, assim como a receita média gerada pelos vídeos. O youtuber ainda publicou uma forma manual de corrigir esse filtro para usuários interessados em fazer a correção.

Muitos canais de tecnologia estariam entre os afetados por uma explicação simples: segundo Geerling, o público desses criadores de conteúdo tende a utilizar ferramentas como bloqueadores de anúncio com mais frequência.

O que mais prejudica os views no YouTube?

O Google listou ainda outras possíveis razões para além do uso de bloqueadores de anúncio que explicariam quedas repentinas nas visualizações de um canal:

  • Retorno ao padrão médio de visualizações após algum conteúdo que ‘bombou’, mas foi um ponto fora da curva para o canal;
  • Mudanças sazonais nos hábitos de visualização do público, que a empresa já notou consumir menos a plataforma por volta de agosto;
  • Competição dentro da plataforma, com pessoas “assistindo a outros vídeos, canais e tópicos” no YouTube;

O YouTube deixou de mencionar, mas há outro aspecto importante em jogo no último ponto que também podem impactar no tempo de consumo: a competição externa de plataformas como TikTok e Instagam, além do uso de serviços tradicionais de streaming.

Além disso, a companhia negou acusações de que ela esteja utilizando inteligência artificial (IA) para ligar automaticamente o Modo Restrito do YouTube em alguns vídeos. Esse é o filtro desativado por padrão que é normalmente ativado em escolas e outras instituições.

Porém, não foram detectados problemas no recurso e a taxa de visualizações com ele ativado é “muito, muito baixa“. A companhia termina a postagem dizendo que as equipes do YouTube “vão continuar monitorando dados da plataforma para garantir que tudo esteja funcionando corretamente“.

O YouTube Premium Lite, assinatura mais acessível da plataforma de vídeos e que ainda exibe alguns anúncios, já está disponível no Brasil. Saiba mais sobre o tema nesta matéria!

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