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Fernando Collor tem trajetória marcada por escândalos e impeachment

Fernando Collor tem trajetória marcada por escândalos e impeachment

Manaus (AM) – O ex-presidente da República Fernando Collor de Mello foi preso nesta sexta-feira (25) após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), que mandou executar a pena de 8 anos e 10 meses de prisão em regime fechado. A decisão foi tomada após esgotados todos os recursos na Corte. Collor foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em um dos desdobramentos da Operação Lava Jato.

A prisão marca o fim de uma trajetória política que atravessou décadas e escândalos. Collor foi o primeiro presidente eleito por voto direto após a redemocratização, em 1989, vencendo Lula (PT). Com um discurso de combate à corrupção e ao “marajá”, Fernando Collor chegou ao poder com apoio de setores conservadores e da mídia. Porém, sua própria gestão acabou mergulhada em denúncias de corrupção.

Em 1992, envolvido em um esquema revelado pelo irmão Pedro Collor, o presidente sofreu um processo de impeachment aprovado pelo Congresso Nacional, acusado de envolvimento com o esquema comandado por seu ex-tesoureiro de campanha, Paulo César Farias. Collor renunciou momentos antes do julgamento no Senado, numa tentativa de preservar seus direitos políticos, mas ainda assim foi considerado inelegível por oito anos.

Após o ostracismo político, Fernando Collor voltou à cena pública nos anos 2000. Em 2006, foi eleito senador por Alagoas, cargo que manteve por dois mandatos. Acabou sendo citado na Operação Lava Jato por envolvimento em contratos fraudulentos com a BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras.

Em 2023, o STF o condenou por recebimento de mais de R$ 20 milhões em propinas, sendo um dos poucos ex-presidentes brasileiros a receber pena de prisão efetiva após condenação criminal. A decisão foi assinada pelo ministro Edson Fachin, relator do caso no STF. Agora, em 2025, o STF determinou o início do cumprimento da pena.

A defesa de Collor ainda tenta recorrer a instâncias internacionais, alegando perseguição política e inconsistências no processo.

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