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Em protesto, delegações deixam plenário da ONU durante discurso de Netanyahu

Nova York (EUA) – Em uma cena marcante, delegações de diversos países, deixaram o plenário da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (26) momentos antes do discurso do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

O protesto, organizado pela missão palestina na ONU e já esperado pelas autoridades israelenses, marcou o segundo ano consecutivo em que tal boicote ocorre.

(Foto: Divulgação)

As imagens da transmissão oficial da ONU mostraram o plenário esvaziando-se significativamente após o anúncio da entrada de Netanyahu.

O líder israelense também foi recebido com vaias ao subir ao púlpito, em um clima de evidente tensão. A delegação dos Estados Unidos da América (EUA), principal aliado de Israel, foi uma das poucas a permanecer no local e aplaudiu de pé o premiê.

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Discurso de guerra e críticas à comunidade internacional

(Foto: Divulgação)

Em seu pronunciamento, Netanyahu adotou um tom desafiador. Ele afirmou que a guerra na Faixa de Gaza não acabou e defendeu que o exército israelense precisa terminar seu trabalho no enclave palestino.

Dirigindo-se ao Hamas, fez um ultimato sobre os reféns ainda mantidos em Gaza:

“Se fizerem isso, vocês viverão. Se não, Israel os caçará”. disse

O primeiro-ministro criticou duramente os líderes mundiais que, em sua visão, cederam à pressão internacional. Classificou aqueles que criticam Israel de “líderes fracos” e atacou veementemente a ideia de reconhecimento de um Estado palestino, chamando a proposta de “pura loucura” e “insana”.

(Foto: Divulgação)

“Dar aos palestinos um estado a um quilômetro de Jerusalém depois de 7 de outubro é como dar à Al-Qaeda um estado a um quilômetro de Nova York depois de 11 de setembro. Israel não permitirá que vocês nos enfiem um estado terrorista goela abaixo”, declarou Netanyahu.

O conflito em Gaza teve início após os ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023, que resultaram na morte de aproximadamente 1.200 pessoas e na tomada de reféns.

A resposta militar israelense, segundo autoridades de saúde locais, já causou mais de 65 mil mortes palestinas, devastou a infraestrutura do território e aprofundou uma grave crise humanitária.

Com informações da REUNTERS e Agência Brasil.

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