Brasil – A deputada federal Erika Hilton (Psol-SP) está no centro de uma nova polêmica após a revelação de que dois maquiadores foram contratados como assessores parlamentares em seu gabinete na Câmara dos Deputados. Índy Montiel e Ronaldo Hass ocupam cargos comissionados e, embora oficialmente nomeados como secretários parlamentares, são conhecidos por atuarem diretamente na produção de imagem da parlamentar.
Segundo dados do portal da transparência da Câmara, Montiel assumiu o cargo SP20 em 9 de junho de 2025, com remuneração mensal estimada em R$ 2,1 mil. Já Ronaldo Hass, nomeado em 25 de março deste ano, ocupa um cargo SP17, com salário próximo a R$ 9,6 mil mensais.
Ambos os profissionais mantêm perfis ativos nas redes sociais, onde exibem parte do trabalho realizado com Erika Hilton. Montiel publicou, no dia 27 de maio, uma foto ao lado da deputada durante a cerimônia em que ela foi condecorada com o título de Grande Oficial da Ordem de Rio Branco: “Mother Erika Hilton para sua condecoração pelo Presidente da República”. Hass, por sua vez, destacou em fevereiro: “Erika Hilton com beleza minha para ensaio técnico da Paraíso da Tuiuti”. Ele também já compartilhou fotos ao lado da parlamentar com mensagens carinhosas enviadas por fãs.
O episódio levanta questionamentos sobre a natureza das funções exercidas por comissionados em gabinetes parlamentares e até que ponto a atuação estética ou de imagem pessoal se enquadra nos critérios de interesse público.
Além disso, a deputada também ganhou destaque recentemente ao assistir a um show da cantora Beyoncé durante uma viagem à Europa. Segundo publicou em sua conta no X (antigo Twitter), ela foi notada pela equipe da artista e convidada para uma área especial no evento. Erika, que já havia defendido publicamente a aproximação com fãs de divas pop como parte de sua estratégia de comunicação política, considera essa relação “superimportante” para dar visibilidade a pautas como a distribuição gratuita de água em grandes eventos.