Brasília (DF) – Após a publicação de um dossiê explosivo pela revista VEJA, que aponta supostas mensagens trocadas por Mauro Cid com conteúdo contraditório ao que foi dito por ele no Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa do tenente-coronel reagiu com veemência. Os advogados classificaram as capturas de tela como montagens grotescas e afirmaram que as mensagens “não são verdadeiras.”
As imagens publicadas mostram conversas que indicariam que Cid mentiu descaradamente durante o depoimento prestado nesta semana e, pior: teria descumprido uma ordem direta do ministro Alexandre de Moraes ao manter contatos proibidos no curso da investigação sobre a tentativa de golpe de Estado.
Mas a defesa não recua. Em nota, os representantes do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro disseram que Cid não escreve como nas mensagens divulgadas e destacaram a ausência de datas e horários nas supostas provas. Para eles, o material “carece de qualquer credibilidade”.
A ofensiva agora será contra a própria denúncia: os advogados anunciaram que vão pedir providências ao STF para apurar a autenticidade das mensagens. Cid, que firmou um acordo de delação premiada com o Ministério Público, chegou a pedir perdão judicial, restituição de bens e proteção à família em troca das informações entregues.