Porto Alegre (RS) – O corpo do escritor, cronista e humorista Luis Fernando Verissimo foi velado neste sábado (30) no Salão Júlio de Castilhos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul (ALE-RS), em Porto Alegre. A despedida do grande nome da literatura brasileira, que faleceu aos 88 anos, reúne familiares, amigos, autoridades e uma multidão de admiradores, que começaram a chegar ao local por volta das 11h30 para prestar a última homenagem.
A cerimônia aberta ao público segue até até as 16h45 (horário local), permitindo que fãs de todas as idades se despedissem do autor que marcou gerações com sua inteligência afiada e seu humor único.
Após o velório público, uma cerimônia restrita para amigos e familiares será realizada. O sepultamento do corpo ocorre ainda no final da tarde de hoje.
Verissimo não resistiu a complicações de uma pneumonia. Ele estava internado no Hospital Moinhos de Vento desde o dia 11 de agosto. De acordo com nota médica, o óbito foi registrado às 00h40.
Além do quadro infeccioso, o escritor lidava com limitações motoras e de comunicação decorrentes de uma série de problemas de saúde, incluindo a doença de Parkinson, um câncer ósseo tratado em 2020 e um Acidente Vascular Cerebral (AVC) sofrido em 2021, que o levou a parar de escrever. Ele usava um marca-passo desde 2016.
Legado e Homenagens
A morte de Verissimo causou comoção nacional e uma imediada onda de homenagens. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, decretou luto oficial de três dias no estado.
Em nota, Leite afirmou: “O Rio Grande do Sul e o Brasil perdem um dos grandes nomes da literatura nacional, cuja obra marcou gerações de leitores com sacadas inteligentes e um humor peculiar para falar dos nossos desafios como brasileiros. Autor de crônicas inesquecíveis e criador de personagens que se tornaram parte do imaginário brasileiro, Verissimo deixa um legado que permanecerá vivo em suas palavras, sempre atuais e cheias de sensibilidade e humor”.
O escritor deixa a esposa, Lúcia Veríssimo, três filhos – Fernanda, Mariana e Pedro – e dois netos.
Sua obra, que inclui clássicos como “O Analista de Bagé“, “As Mentiras que os Homens Contam” e “O Mundo é Bárbaro“, além de suas incontáveis crônicas em jornais, solidificou-o como um observador ímpar da sociedade brasileira, capaz de traduzir com graça e profundidade os dilemas cotidianos do país.
Com informações da Agência Brasil*