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Caso Jimmy Kimmel: Entenda o que aconteceu e veja vídeo do cancelamento

Caso Jimmy Kimmel: Entenda o que aconteceu e veja vídeo do cancelamento

O apresentador Jimmy Kimmel se tornou o centro de uma enorme polêmica nesta semana. O comediante, conhecido por comandar o programa Jimmy Kimmel Live! desde 2003, foi suspenso indefinidamente pela ABC após comentários feitos sobre o assassinato do influenciador conservador Charlie Kirk

A decisão envolve pressão política e disputa entre grandes conglomerados de mídia. A situação também está sendo tratada como um dos casos mais emblemáticos de “cancelamento” da TV estadunidense, levantando debates sobre censura.

A medida pegou fãs e parte da indústria de surpresa, já que Kimmel vinha de um momento de prestígio: recentemente, ele recebeu um Emmy por Melhor Apresentador de Game Show. Poucos dias depois, no entanto, sua fala sobre o assassinato de Kirk provocou reações de políticos, órgãos reguladores e empresas de comunicação.

Para entender a repercussão, é importante observar o peso das críticas vindas tanto do governo Trump quanto de grupos conservadores, além da postura das companhias de mídia que decidiram se distanciar de Kimmel. 

O que Jimmy Kimmel disse sobre Charlie Kirk? Confira o vídeo

Durante um monólogo em seu programa, Kimmel afirmou que a chamada “gangue MAGA”, com apoiadores de Donald Trump, estaria tentando politizar o assassinato de Kirk, ocorrido em Utah no início de setembro. Ele também ironizou a reação do ex-presidente Donald Trump, dizendo que não parecia a de alguém que realmente lamentava a perda de um amigo. Veja o vídeo:

O apresentador disse que a Casa Branca prestou homenagens para Kirk, mas em um lado humano, Donald Trump não parece estar levando a situação a série. Em seguida, ele exibe um vídeo em que uma pessoa pergunta como o presidente dos Estados Unidos está lidando com a perda após um dia e meio da tragédia. 

No vídeo, Trump responde que está indo muito bem e aponta para obras que estão sendo realizadas na Casa Branca. Kimmel conclui dizendo que o presidente está em um novo estágio do luto, a construção. “Isso não é a forma como um adulto sente a perda de um amigo. É como uma criança de quatro anos lida com a perda de um peixe dourado”, termina o apresentador.  

A fala gerou imediata reação negativa entre apoiadores de Trump, que a classificaram como “insensível” e desrespeitosa. Kimmel, no entanto, logo após o falecimento de Kirk, o apresentador postou no Instagram chamando o ato de “sem sentido” e enviando apoio à família da vítima.

Pressão e reação das emissoras

A situação escalou quando Brendan Carr, presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), ameaçou agir contra a ABC caso medidas não fossem tomadas. Carr afirmou que as redes de TV precisam “agir no interesse público” e que sanções poderiam ser aplicadas.

Pouco depois, a própria ABC anunciou que suspenderia o programa por tempo indeterminado, decisão que foi celebrada publicamente por Donald Trump. O ex-presidente chegou a dizer nas redes sociais que se tratava de uma “vitória para os EUA”.

Além da ABC, grandes grupos de afiliadas como Nexstar e Sinclair Broadcast Group retiraram o programa do ar. A Sinclair foi além: anunciou que exibiria um especial em homenagem a Charlie Kirk no horário de Kimmel.

O grupo também exigiu que o apresentador não apenas se desculpasse com a família, mas também fizesse uma doação pessoal à Turning Point USA, organização fundada por Kirk. Em nota, a Sinclair declarou que “o caso ressalta a necessidade de diálogo respeitoso” e que não voltará a transmitir Jimmy Kimmel Live! até que “ações concretas sejam tomadas”.

Famosos e sindicatos defendem Kimmel

Enquanto isso, figuras de Hollywood como Ben Stiller, Jamie Lee Curtis e John Legend manifestaram apoio ao apresentador. As estrelas dos Estados Unidos classificam a suspensão como um ato de censura. Jean Smart, que esteve no Emmy com Kimmel no fim de semana, disse que as palavras do apresentador são “liberdade de expressão, não discurso de ódio”.

Organizações de trabalhadores também se posicionaram: o sindicato Writers Guild of America (WGA) publicou uma carta dizendo que silenciar vozes críticas ameaça a própria democracia. “Vergonha para aqueles no governo que esquecem esta verdade fundamental”, diz a declaração.

O sindicato SAG-AFTRA reforçou o discurso, apontando que medidas como essa abrem precedentes perigosos para toda a indústria do entretenimento. Governadores, atores e associações de liberdade de expressão também se alinharam em defesa do humorista.

A polêmica do futuro dos talk shows

Esse episódio também reforça uma tendência preocupante: a crise dos programas de entrevista noturnos nos EUA. Além da suspensão de Kimmel, a CBS já havia anunciado o fim do The Late Show with Stephen Colbert, também alvo frequente de críticas de Trump. 

A pressão política, somada à queda de audiência diante do streaming, ameaça transformar completamente o formato que dominou a TV por décadas. Kimmel, que já apresentou quatro vezes o Oscar, ainda não se manifestou publicamente. No entanto, fontes próximas ao comediante garantem que ele não foi demitido, mas deverá se reunir com executivos da ABC para discutir os próximos passos.

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