Esporte – Nessa segunda (28), o atacante brasileiro Vinícius Jr., do Real Madrid, deixou clara sua determinação em continuar combatendo o racismo no futebol, mesmo após não ter sido premiado com a Bola de Ouro. Vinícius ficou em segundo lugar na premiação, que elegeu o meio-campista Rodri, do Manchester City, como o melhor jogador do mundo. Em suas redes sociais, Vinícius reafirmou seu compromisso com a causa, em uma mensagem que repercutiu entre fãs e imprensa internacional.
Logo após o anúncio dos resultados, o jogador usou o X (antigo Twitter) para expressar seu descontentamento: “Eu farei 10x se for preciso. Eles não estão preparados”. Sua declaração foi acompanhada pela decisão do Real Madrid de boicotar a cerimônia em Paris, após o clube saber que Vinícius não levaria o prêmio.
Em comunicado à Reuters, a equipe de gestão de Vinícius Jr. esclareceu que a postagem fazia referência à luta do jogador contra o racismo, uma batalha constante em sua carreira. “O mundo do futebol não está preparado para aceitar um jogador que luta contra o sistema”, afirmaram, indicando que o ativismo de Vinícius pode ter influenciado o resultado da premiação.
Aos 24 anos, Vinícius tem sido alvo de repetidos ataques racistas na Espanha, um problema que culminou em condenações judiciais inéditas no país, destacando a importância de seu posicionamento. Sua visibilidade e coragem em confrontar o racismo não apenas desafiam comportamentos ofensivos de torcedores, mas também questionam estruturas institucionais que permitem que essa violência persista no ambiente esportivo.
A luta de Vinícius Jr. reflete um movimento maior no futebol, que agora enfrenta a pressão de mudanças necessárias para um esporte mais justo e igualitário. Mesmo sem a Bola de Ouro em mãos, Vinícius demonstra que, para ele, o maior prêmio é continuar sendo a voz de muitos que ainda enfrentam o preconceito dentro e fora dos gramados.