Brasil – Imagens que circulam mostram o corpo do traficante Thiago da Silva Folly, conhecido como “TH da Maré”, após ser morto em uma operação do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) na madrugada desta terça-feira (13) no Complexo da Maré, zona Norte do Rio de Janeiro. Fontes policiais afirmam que a ação foi uma resposta direta ao envolvimento do criminoso no assassinato de dois policiais do BOPE em 2023.
TH, de 36 anos, foi localizado em um bunker na comunidade do Timbau após intensa troca de tiros com as forças de segurança. Líder do Terceiro Comando Puro (TCP), ele acumulava 16 mandados de prisão e era acusado de crimes como tráfico de drogas, roubo de cargas e homicídios, incluindo a morte do cabo do Exército Michel Mikami (2014) e do soldado da Força Nacional Hélio Andrade (2016).

Testemunhas relataram que o confronto começou por volta das 3h30, com uso de balas traçantes. Dois supostos seguranças do traficante, identificados como Diogo Santos, 27 anos, e Valfrido Rodrigues, 41 anos, também foram baleados e estão internados em estado estável.
A morte de TH levantou temores de uma onda de violência no Rio. Moradores da Maré relataram apreensão com possíveis retaliações de facções rivais ou do próprio TCP. “Todo mundo está com medo. TH era poderoso, e agora pode começar uma guerra”, relatou um comerciante da região à imprensa local, que preferiu não se identificar.
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A operação causou transtornos no trânsito, com a Linha Amarela, Linha Vermelha e Avenida Brasi interditadas temporariamente. Pelo menos 70 linhas de ônibus tiveram rotas alteradas. O Centro de Operações Rio (COR) emitiu alerta para possíveis novas interdições.
Além dos dois PMs mortos em 2023, TH era investigado por orquestrar ataques a policiais durante as Olimpíadas de 2016, comandar uma rede de roubo de cargas na Baixada Fluminense e manter bunkers fortificados em pelo menos três comunidades.
A Polícia Militar afirmou que a operação faz parte de uma estratégia contínua para desarticular o tráfico na região. O corpo de TH foi encaminhao ao IML, enquanto autoridades monitoram possíveis reações criminosas.