Vai dar muito certo ou vai flopar? Brasileiro anuncia jogo exclusivo de… fliperamas! Entenda motivo

Vai dar muito certo ou vai flopar? Brasileiro anuncia jogo exclusivo de... fliperamas! Entenda motivo

Gigantes como PlayStation, Nintendo, Xbox e Steam movimentam milhões de dólares com a venda de games diariamente, o que torna as plataformas o alvo principal de novos desenvolvedores de games. Este, no entanto, não é o caso do brasileiro Suikou Soushi, que resolveu lançar o seu primeiro jogo como exclusivo de… fliperamas.

O título em questão é Cosmo Guild, um FPS intergaláctico desenvolvido como o primeiro grande projeto do estúdio indie Soushi Club. Apostando na nostalgia, o game de tiro em primeira pessoa só poderá ser jogado em fliperamas a partir do dia 14 de março, indo contra a tendência do mercado atual de jogos multiplataforma.

Enquanto gigantes como a Microsoft apostam em um futuro onde jogos estão disponíveis em cada vez mais lugares, Soushi resolveu assumir um risco e ir totalmente na direção contrária. “Ou vai dar muito certo, ou vai dar muito errado”, disse o desenvolvedor, em entrevista ao Voxel.

Por que lançar, em pleno 2025, um jogo exclusivo de fliperamas?

Segundo um levantamento da empresa Newzoo, o mercado de jogos para consoles, PC e mobile movimenta cerca de US$ 187 bilhões anualmente. Nessa conta gigantesca, os fliperamas são praticamente uma estatística minúscula, e o desenvolvedor brasileiro está ciente disso.

De acordo com o criador da Soushi Club, a ideia de Cosmo Guild é realmente ir contra a corrente do mercado, assumindo todos os riscos que estão envolvidos nesta operação. Falando ao Voxel, o desenvolvedor que colocou dinheiro de seu bolso e possui um investidor que ajudou no projeto inusitado.

“Eu poderia só fazer um jogo para celular, um jogo para streaming normal, só que aí todo mundo já faz isso. Então não vou diversificar, diferenciar de nenhuma forma”, explica o desenvolvedor. “Aí, um dia, eu tava andando e vi umas lojas com fliperamas e pensei: “Nossa, tem fliperamas, né? E se eu fizesse um jogo para fliperama?””

A ideia pode parecer arriscada, mas o projeto foi planejado para ser financeiramente sustentável. Antes de iniciar o desenvolvimento, o estúdio fez um levantamento de recursos para custear a produção e agora aposta em um modelo de pré-venda para garantir o sucesso comercial do game. “Esse projeto ou vai dar nada, ou vai dar muito bom”, brinca o criador de Cosmo Guild.

Jogo quer misturar modernidade e nostalgia

Em Cosmo Guild, os jogadores assumem o papel de Lumenautas, agentes espaciais encarregados de explorar Marte e proteger sua espécie de ameaças alienígenas. Além do combate frenético cheio de nostalgia, com inspiração em Metroid, o game promete mecânicas inovadoras.

Um dos grandes diferenciais do game será a capacidade de salvar o progresso na nuvem através de um aplicativo próprio. Assim, os jogadores podem continuar suas aventuras mesmo ao trocar de máquina.

O jogo trará um sistema de missões curtas, com duração média de quatro minutos cada, oferecendo objetivos variados que incluem eliminar inimigos, resgatar aliados ou enfrentar chefões colossais. O primeiro ambiente do jogo se passa inteiramente em Marte, com cenários que vão desde planícies áridas até cavernas subterrâneas e os polos glaciais do planeta vermelho. Além disso, há planos para expandir o universo de Cosmo Guild com atualizações frequentes, incluindo novos planetas e desafios inéditos.

De acordo com o criador do projeto, o objetivo de Cosmo Guild é ir além da nostalgia nos assets e no gameplay, mas alcançar também o sentimento de como era jogar antigamente. Soushi explica que o jogo será perfeito para jogar no fim do dia, reunindo os amigos e batendo um papo cara a cara, no maior pique das antigas locadoras.

História pode render além dos fliperamas

Embora os jogos de arcade sejam tradicionalmente focados no gameplay, Cosmo Guild também promete trazer uma narrativa interessante, mas sem forçar os jogadores a segui-la rigidamente. “Eu gosto que um jogo tenha história, mas não gosto quando é algo forçado nos players”, explica o desenvolvedor.

A solução encontrada foi um sistema de arquivos de log e cutscenes opcionais, que são desbloqueados conforme o jogador avança e completa missões. Dessa forma, quem deseja mergulhar na lore do jogo pode fazê-lo, enquanto aqueles que preferem apenas a ação arcade podem seguir direto para os desafios.

O criador do jogo também explica que o plano não é trazer o jogo para a Steam e outras plataformas no futuro. No entanto, caso o título faça sucesso, ele não descarta a possibilidade de criar spin-offs trazendo elementos de Cosmo Guild para mais plataformas futuramente.

Com isso, quem ficar interessado em conhecer Cosmo Guild precisará mesmo correr atrás de um fliperama para jogar. Se a estratégia dará certo, só o tempo nos dirá. Qual a sua opinião sobre o game? Comente nas redes sociais do Voxel.

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