Brasil – Uma universitária, formanda do curso de direito de uma instituição de Santa Catarina é investigada pela polícia após relatar ter perdido o dinheiro da formatura de sua turma em Jogo do Tigrinho, uma tradicional modalidade de apostas online. O prejuízo foi de cerca de R$ 77 mil.
O que aconteceu
Alunos da turma de direito da UCEFF (Unidade Central de Educação Faem) disseram que a presidente da comissão da formatura desviou R$ 76.992,00 para fazer apostas online e perdeu toda a quantia. A formatura, que iria acontecer no último dia 22 em Chapecó, teve que ser adiada.
A universitária, identificada como Claudia Roberta Silva, encaminhou uma mensagem aos colegas alegando que perdeu a quantia destinada a formatura com apostas online. Em uma mensagem enviada por Claudia no grupo de formandos, ela narrou: “Eu perdi todo o dinheiro da formatura. Me viciei em apostas on-line, Tigrinho e afins, e quando perdi todo o dinheiro que eu tinha guardado, comecei a usar o da formatura para tentar recuperar. E aí, cada vez mais fui me afundando no jogo”.
Dia de falar da perda para os colegas
Em 27 de janeiro, Cláudia enviou mensagens ao grupo de formandos explicando a situação. Ela admitiu que, devido ao vício em apostas, usou o dinheiro arrecadado para a festa de formatura na tentativa de recuperar as perdas, mas acabou perdendo tudo.
Após a confissão, a universitária parou de atender os colegas e, aparentemente, deixou a cidade, tornando-se incomunicável. Os formandos, preocupados e indignados, registraram boletim de ocorrência em 6 de fevereiro, buscando uma solução para a situação.
Investigação
A Polícia Civil de Chapecó iniciou investigações em duas frentes: apropriação indébita ou estelionato. De acordo com a polícia, os formandos contribuíram por três anos para reunir o valor necessário para a festa. O total arrecadado foi de R$ 78.992,00, dos quais R$ 76.992,00 seriam destinados à empresa responsável pela organização do evento. A polícia está rastreando o destino dos valores e já solicitou medidas para tentar recuperar o dinheiro desviado.
Em nota, a defesa da universitária afirmou que todas as medidas judiciais estão sendo tomadas para recuperar os valores perdidos e que ela pretende ressarcir os colegas. A defesa também destacou que a situação serve como um alerta sobre os riscos do vício em jogos de azar e a perda de controle financeiro e emocional que pode resultar desse tipo de comportamento.
A empresa Nova Era Formaturas, contratada para organizar o evento, esclareceu que não tinha qualquer responsabilidade sobre a arrecadação, administração ou guarda do dinheiro destinado à formatura. Os valores foram gerenciados diretamente pelos formandos, por meio de uma conta bancária de responsabilidade exclusiva dos alunos. A empresa se solidarizou com a situação e está trabalhando com os estudantes para minimizar os impactos e garantir que a formatura seja realizada.