tragédia na Djalma coloca David e Renato na mira da CPI ‘do Asfalta Manaus’

tragédia na Djalma coloca David e Renato na mira da CPI 'do Asfalta Manaus'

Manaus (AM) – A Prefeitura de Manaus está prestes a entrar no olho de um furacão político. A morte trágica da biomédica Giovana Aquino e da filha que ela carregava no ventre, após um acidente causado por um buraco na avenida Djalma Batista, pode desencadear uma CPI devastadora contra o prefeito David Almeida (Avante) e seu vice, Renato Júnior (Avante), na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam).

O estopim da revolta foi o silêncio constrangedor do prefeito e de seu vice, que não se manifestaram publicamente nem compareceram ao velório das vítimas, ignorando a dor de uma família e o clamor da população. Enquanto isso, ruas seguem destruídas, e a gestão David-Renato segue afundando no asfalto das próprias promessas não cumpridas.

A pressão pela abertura de uma CPI do Asfalto foi liderada pelo deputado estadual Delegado Péricles (PL), que denunciou o abandono da malha viária e exigiu explicações sobre o destino dos R$ 181 milhões repassados pelo Governo do Estado ao programa “Asfalta Manaus”. “O que estamos vendo é um verdadeiro descaso com a vida da população”, disparou o parlamentar, durante discurso incisivo na Aleam.

A tragédia que vitimou Giovana e a pequena Maria Carolina, segundo o deputado, é apenas a face mais brutal do caos instalado nas ruas da capital. “Manaus está manchada de sangue por conta da omissão e da incompetência administrativa. Esse não é um caso isolado, é o resultado de anos de abandono”, afirmou, acusando a Prefeitura de fazer “maquiagem asfáltica” em áreas que não precisavam de obras enquanto comunidades inteiras seguem abandonadas.

A revolta popular tomou conta das redes sociais. O silêncio do Executivo municipal e a declaração vergonhosa de um irmão do prefeito, que tentou minimizar a tragédia chamando o buraco de “buraquinho”, foram a gota d’água. A população pede justiça, e a Aleam pode atender com uma investigação sem precedentes sobre os milhões gastos – e possivelmente desperdiçados – na capital.

“Vamos apurar se há irregularidades, falta de transparência e até malversação de recursos públicos. Não podemos permitir que tragédias como essa se repitam por irresponsabilidade e má gestão”, declarou Péricles, exigindo a instalação imediata da comissão parlamentar de inquérito.

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