Manaus (AM) – A morte de uma mulher grávida na noite deste domingo (22), após cair de moto ao passar por um buraco na Avenida Djalma Batista, acendeu uma onda de críticas contra a Prefeitura de Manaus, sob a gestão de David Almeida (Avante) e o vice-prefeito Renato Júnior, atual titular da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf). Segundo pessoas que presenciaram o acidente, a tragédia poderia ter sido evitada com um simples reparo viário. Ao contrário, expôs mais uma vez o completo abandono da cidade e a negligência do poder público municipal.
Giovanna Ribeiro Nacimento, de 29 anos, estava grávida de oito meses e seguia na garupa da moto conduzida pelo marido, quando o veículo atingiu um buraco profundo, fazendo com que ela fosse arremessada contra uma árvore. Ela morreu ainda no local. Segundo testemunhas, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) demorou cerca de 40 minutos para chegar. Quando a equipe finalmente apareceu, Giovanna já não apresentava sinais vitais.
“Se não fosse esse buraco, essa mulher ainda estaria viva. Não estamos na periferia, estamos na Djalma Batista. Cadê o respeito com o povo?”, desabafou uma entregadora por aplicativo em entrevista ao Portal Tucumã. Outra pessoa relatou que quase sofreu o mesmo tipo de acidente dias antes no mesmo local: “Pensei que ia morrer. Voltei pra ver e era o mesmo buraco. Hoje, foi a vez dela”, disse a mulher.
A tragédia na principal via da cidade não é caso isolado. No dia 20 de maio, Josué Moreira, 64 anos, também morreu após cair com sua moto em um buraco na zona norte. De acordo com informações preliminares, Josué voltava do trabalho quando supostamente não conseguiu desviar de um buraco na pista, que estaria sem sinalização.
Entramos em contato com a Seminf para solicitar posicionamento sobre a morte da jovem grávida na Avenida Djalma Batista e as medidas que estão sendo adotadas para evitar novos acidentes. Até o fechamento desta reportagem, não houve retorno. Caso haja manifestação oficial, o conteúdo será atualizado.