‘Se fosse com meu filho, ia ter missa de 7º dia’, diz vereador sobre agressor de autista em Manaus

'Se fosse com meu filho, ia ter missa de 7º dia', diz vereador sobre agressor de autista em Manaus

Manaus (AM) – O vereador Aldenor Lima (União) afirmou nesta segunda-feira (24), durante discurso na tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM) que o homem que agrediu o adolescente TEA “premeditou” e fez “tocaia para cometer o crime.

Para o vereador, nada justifica a agressão. “Se fosse com o meu filho Joaquim, eu queria ver se esse rapaz teria coragem de fazer isso na minha frente, que hoje, a gente ia estar rezando a missa de sétimo dia dele”, afirmou o vereador.

Ainda segundo o vereador, é necessário mostrar quem é o agressor nas redes sociais e até na CMM, para que ele [suspeito] se “envergonhe”, e deixar o suspeito “famoso”, mostrar que é um agressor de criança, e de uma pessoa com deficiência. Quase no final do discurso, o vereador também afirmou que “quem agride um animal, agride uma criança […] agride um adolescente. Veja vídeo:

Entenda o caso

Na última quarta-feira (19), um vídeo que mostra um homem, que se identificou como ex-militar, agredindo um menino autista de apenas 14 anos no bairro Colônia Terra Nova, zona Norte de Manaus, viralizou nas redes sociais. As imagens mostram o momento em que o ex-militar ataca o adolescente com um pedaço de madeira, socos e tapas, sem que o garoto oferecesse qualquer reação.

Segundo a mãe da vítima, o filho estava voltando da escola por volta das 11h20 quando foi surpreendido pelo agressor. O homem, que estava acompanhado da esposa e do filho, alegou que crianças costumam chutar o portão de sua casa no horário de 11h ao meio-dia. Ele teria armado uma emboscada e, ao ver o garoto fardado, confundiu-o com um dos responsáveis pelos chutes no portão.

A situação só foi interrompida quando dois vizinhos apareceram e questionaram o agressor. Uma mulher que presenciou a cena percebeu que o adolescente era autista e o levou para sua casa para protegê-lo. No entanto, o ex-militar ainda seguiu a família do estudante e causou confusão, aumentando o clima de tensão no local.

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