
Imagem: Divulgação/Apple TV+
Uma das séries mais bem-sucedidas da história da Apple TV+, Ruptura mostra um mundo no qual pessoas passam por uma operação que separa totalmente quem elas são em suas vidas pessoais e no mundo do trabalho. No entanto, esse não é o único aspecto ao mesmo tempo perturbador e intrigante da série.
Entre os elementos que ajudam a torná-la bastante interessante está o Departamento de Refinamento de Dados (MDR), no qual seus personagens principais trabalham. Além de envolver uma relação estranha com números aparentemente aleatórias, a atividade chama a atenção por não ter um propósito muito definido.
Para que serve o Departamento de Refinamento de Macrodados de Ruptura?
No momento em meio à sua segunda temporada, Ruptura ainda não oferece uma resposta definitiva para essa pergunta. No entanto, alguns elementos já mostrados pela série ajudam a entender como funciona o trabalho e, possivelmente, qual é o objetivo que a Lumon tem para ele.
Todos que trabalham no departamento MDR precisam passar seu tempo observando números exibidos em seus monitores, que devem ser arrastados para as cestas corretas. Não há uma aparente lógica em qual é o lugar certo em que cada um deles pertence, cabendo à intuição de cada funcionário achar a resposta certa.
O que se sabe é que cada número está associado a um sentimento único, como melancolia, desespero, alegria, medo, ansiedade, raiva, estase e o “desejo de ferir outro humano”, entre outras opções. As regras da Lumon estabelecem que há uma divisão igual entre cada sentimento, e somente quando ela é encontrada um funcionário cumpriu 100% de sua tarefa.
Mas o que exatamente significa fazer isso? A série não traz muitas respostas concretas. Com isso, ganharam forças as teorias de que, na prática, o trabalho não serve para nada. O processo seria somente uma forma de a série fazer uma crítica aos ambientes profissionais da atualidade, nos quais muitos trabalhadores estão desconectados dos significados e propósitos finais de suas tarefas.
Trabalho da MDR pode ter um objetivo sinistro
Outra teoria bastante forte, originada a partir do e-book The Lexington Letter, é a de que o trabalho da MDR tem impactos muito reais e perigosos sobre o mundo real. Uma obra complementar oficial de Ruptura, ela tem sua autoria atribuída a uma ex-funcionária da Lumon que conseguiu fazer com que suas diferentes partes se comunicassem.
Em um dos trechos do documento, a autora afirma que um caminhão da Dorner Therapeutis, a principal concorrente da corporação, explodiu dois minutos após a finalização de uma tarefa do MDR. Cenas da série mostram que o trabalho pode estar relacionado tanto a eventos quanto a pessoas específicas — no episódio 1 da Temporada 2, por exemplo, parece que Mark está trabalhando no “arquivo de Gemma”.
Para completar, há a teoria de que os funcionários estão participando de um processo de aprendizado de máquina, que gera um algoritmo que a Lumon usa para propósitos misteriosos. No entanto, qualquer resposta mais precisa sobre quais são os objetivos da empresa, ou do Departamento de Refinamento de Macrodados, só deve ser revelada em um momento futuro da série.