Manaus (AM) – Os cobradores e motoristas do transporte público de Manaus afirmam que a greve prevista para acontecer nesta segunda-feira (9) é para cobrar as empresas pelos salários atrasados e acordo feito com o prefeito David Almeida (Avante). Ao Portal Tucumã, um cobrador afirmou que o pagamento deveria ter sido feito na última quinta-feira (5), mas “até hoje não foi pago”, disse o cobrador sob a condição de anonimato.
Ainda segundo o cobrador, o acordo feito com o prefeito David Almeida (Avante) e as empresas de transporte público não está sendo cumprido. Entre as reivindicações feitas está o compromisso de que as empresas não fariam demissões em massa de cobradores.
Este novo impasse surge apenas dois meses após o encerramento de uma paralisação parcial que afetou mais de 300 mil usuários do transporte coletivo em abril deste ano. Na ocasião, um acordo foi firmado entre o Sindicato dos Rodoviários, o Sinetram e a Prefeitura de Manaus, com mediação do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU).
O pacote de medidas acordado incluía reajuste salarial de 6%, gratificação mensal de R$ 600 para motoristas que acumulam a função de cobrador e a continuidade das negociações sobre a retirada gradual dessa função nas linhas da capital. No entanto, segundo trabalhadores ouvidos pela reportagem, os compromissos assumidos pelas empresas não estão sendo respeitados, o que reacendeu a insatisfação da categoria e ameaça levar Manaus a uma nova greve do transporte público.
Entenda
Nesse domingo (8), o Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário de Manaus (STTRM) anunciou greve para esta segunda-feira, afirmando que os empresários do setor de descumprirem um acordo firmado anteriormente.
Segundo o presidente do STTRM, Givancir Oliveira, as empresas de transporte querem demitir cerca de 600 cobradores, ultrapassando o limite de 15% de cortes previamente acordado entre as partes. A medida, segundo o sindicato, representa um ataque direto aos direitos dos trabalhadores e à qualidade do serviço prestado à população.
Ainda no domingo, a Prefeitura de Manaus anunciou que não haveria paralisação do transporte coletivo urbano. A informação foi divulgada em nota oficial pelo IMMU, após rumores de greve geral por parte dos rodoviários.
Segundo o comunicado, uma negociação foi concluída entre o Sindicato dos Rodoviários e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), com mediação do IMMU, pondo fim à ameaça de paralisação total anunciada anteriormente.