Manaus – Após atingir a cota histórica de 13,59 metros, nessa segunda-feira (16), o Rio Negro continua baixando o seu nível em mais de 10 centímetros. Nessa terça, o rio bateu a marca de 13,49 e chega a esta quarta-feira (18) com 13,38 metros, baixando 11 cm em um dia.
A seca do rio vem afetando as comunidades ribeirinhas no entorno de Manaus que estão com dificuldade de acesso e de escoação da produção, bem como a economia do estado, uma vez que a baixa nos rios vem ocasionando a alta nos preços das hortaliças.
Além disso, a baixa nas águas também vem impactando as indústrias instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), por falta de matéria-prima para a produção e que podem, inclusive, decretar férias coletivas diante do cenário de seca também no Rio Madeira, por de onde vem grande parte do material para a produção da Zona Franca de Manaus (ZFM).
Fenômeno natural
A crise hídrica também afeta outros estados do Amazonas e segundo o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) afirma que a baixa das águas continuará até o final de outubro, provocada pela intensidade do fenômeno El Niño, segundo relatou ao Portal Tucumã, a pesquisadora em geociências Jussara Cury.
“Atualmente, o Rio Negro continua a diminuir gradualmente, com quedas de aproximadamente 9 a 10 centímetros, e essa tendência está se amenizando esta semana, devido à redução da intensidade na região. No entanto, prevê-se que a vazante persista na região metropolitana de Manaus, com a expectativa de que o nível continue a baixar até o final de outubro”, afirmou a especialista.
Veja como foram as cotas anteriores:
1ª 13,38m – 2023
2ª 13,63m – 2010
3ª 13,64m – 1963
4ª 14,20m – 1906
5ª 14,34m – 1997
6ª 14,42m – 1916
7ª 14,54m – 1926
8ª 14,74m – 1958