Brasil – O psicólogo Pablo Stuart Fernandes Carvalho foi preso preventivamente na noite desta terça-feira (25/3), indiciado por maus-tratos e pela morte de pelo menos 16 gatos. A investigação da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra os Animais (DRCA/PCDF) revelou que ele adotava felinos de pelagem cinza e rajada para supostos rituais macabros.
O inquérito policial foi enviado ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) na sexta-feira (21/3). O órgão formalizou a denúncia e encaminhou o caso ao Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que expediu o mandado de prisão contra Pablo. Ele está sob custódia enquanto as investigações prosseguem.
Desde setembro de 2024, Pablo vinha adotando gatos tigrados de protetoras de animais. Ele usava um discurso emotivo para conquistar a confiança das cuidadoras e atender aos requisitos dos processos de adoção. Um mês após cada adoção, ele inventava histórias sobre o desaparecimento dos animais e solicitava novos gatos.
Com o avanço das investigações, surgiram novos relatos de protetoras que também entregaram gatos ao suspeito, elevando a estimativa de felinos maltratados e mortos para mais de 20. Testemunhos e áudios coletados sugerem que Pablo praticava atos de extrema crueldade contra os animais, embora ainda não esteja confirmado se ele agia sozinho ou contava com a participação de terceiros.
O delegado Jônatas Silva, titular da DRCA, indiciou Pablo Stuart Fernandes Carvalho pela morte dos 16 gatos, o que implica que ele responderá por maus-tratos a cada felino individualmente. As autoridades seguem apurando detalhes do caso para responsabilizar todos os envolvidos.
O Conselho Regional de Psicologia do Distrito Federal (CRP-DF) informou que Pablo cancelou voluntariamente seu registro profissional em 2023. O órgão reiterou que está acompanhando o caso e prestando apoio às partes envolvidas, repudiando qualquer ato de violência contra animais.
A defesa de Pablo Stuart nega todas as acusações. Seu advogado, Carlos Silva, alegou que os gatos desapareceram durante um momento de surto emocional do acusado. Ele também afirmou que não há provas concretas dos maus-tratos e que nenhuma evidência de cadáveres foi encontrada no local.
Silva ressaltou que Pablo está sofrendo impactos emocionais e financeiros devido às denúncias, e que seu cliente é vítima de acusações infundadas. A defesa solicitou que a Polícia Civil analise detalhadamente os materiais coletados para comprovar sua inocência.
O caso continua sob investigação, e a polícia pede que mais informações sobre possíveis vítimas sejam repassadas para que novas medidas possam ser tomadas.