Professora cobra reajuste digno para educacadores em Manaus

Professora cobra reajuste digno para educacadores em Manaus

Manaus (AM) – A professora Elma Sampaio, representante da Asprom/Sindical, subiu à tribuna da Câmara Municipal de Manaus (CMM), nesta segunda-feira (9), para fazer um apelo aos vereadores contra o reajuste salarial proposto pelo prefeito David Almeida (Avante). A proposta do Executivo enviada à Casa prevê apenas 5,48% de aumento para os profissionais da educação, percentual rejeitado por unanimidade pela categoria.

“Estamos aqui hoje para conversar com vocês, olhando nos olhos, para que sejam sensíveis à luta da categoria dos professores”, começou Elma, encarando os vereadores. “O prefeito de Manaus está errado. Esse projeto já nasce errado. A nossa data-base está sendo mutilada. A inflação não é só de abril de 2024 a março de 2025. E abril e maio de 2025, vão jogar fora?”, questionou.

A professora denunciou o que considera uma postura autoritária da Prefeitura. “O sindicato quer dialogar, quer que o prefeito trate com respeito, dignidade e valorização. E o que ele fez? Ignorou a decisão unânime da categoria. É autoritarismo. Não aceitamos isso!”

O discurso forte foi acompanhado por professores e pedagogos que lotaram a galeria da Câmara. Elma fez um apelo direto aos parlamentares. “Peço que vocês façam isso pela educação. Não é só pelos professores, é por todos os alunos que merecem uma educação de qualidade. O prefeito não pode continuar tratando a educação como resto de orçamento”, afirmou a professora.

A categoria, que pede reajuste de 10%, garante ter respaldo técnico. “Temos estudos de economista, estudos fidedignos que mostram que há margem. O nome dele é Hinaldo Seixas. Podemos apresentar para vocês. Deixem a gente mostrar. Permitam que os professores sejam ouvidos e respeitados.”

Em apoio à causa dos educadores, o vereador Zé Ricardo (PT) apresentou emendas aos Projetos de Lei nº 349/2025 e nº 350/2025, propondo 10% de reajuste para os servidores da saúde e da educação.

“O projeto do Executivo cria um vácuo de dois meses no cálculo da recomposição inflacionária. Isso fere a Constituição e a política de reajuste anual. Precisamos corrigir essa distorção”, disparou o parlamentar.

Zé Ricardo também criticou a exclusão de meses do cálculo da inflação. “A educação é um pilar fundamental da nossa sociedade e não pode ser tratada com descaso. A exclusão de dois meses do cálculo da inflação desvaloriza ainda mais os professores.”

A professora cobrou a atuação dos vereadores sobre a situação da categoria. “Esses professores que estão aqui merecem respeito, dignidade e valorização. Que esse espaço não acabe aqui. Que a Câmara não seja cúmplice desse desrespeito. Estamos prontos para dialogar. O prefeito está?”

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