Prisão preventiva de policial que agrediu advogado em Manaus é decretada pela Justiça

Prisão preventiva de policial que agrediu advogado em Manaus é decretada pela Justiça

Manaus (AM) – Na noite deste sábado (19), a Justiça decretou a prisão preventiva do investigador da Polícia Civil e mestre de jiu-jitsu, Raimundo Nonato Machado, que agrediu o advogado Ygor Menezes Colares, que tentava apartar abriga ocorrida no estacionamento de um condomínio, na noite da última sexta-feira (18), e acabou sendo baleado pela esposa do policial, Juçana Machado. Decisão é tomada horas após a prisão em flagrante da mulher do acusado ser convertida em preventiva.
“Nos autos se verifica que o representado participou diretamente do crime de tentativa de homicídio contra a vítima Ygor de Menezes Colares e Cláudia Gonzaga de Lima, ao entregar a sua arma para a sua esposa, que não conseguiu consumar o crime pois o seu braço foi empurrado no momento que acionou o gatilho da arma”, diz o juiz Alcides Carvalho, que aceitou o pedido do Ministério Público de prisão ao policial, em um trecho da decisão.
“Acolho o pedido formulado pelo Ministério Público e decreto a prisão preventiva do representado, Raimundo Nonato Monteiro Machado. […] Cumpra-se. Expeça-se mandado de prisão preventiva. Cumprido, remetam-se os autos à Distribuição“, concluiu.
De acordo com o presidente da Comissão de Direitos e Prerrogativas e Valorização da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Amazonas (OAB-AM), Alan Jhonny, o Ministério Público do Amazonas (MPAM), durante a audiência de custódia, apontou falhas nos procedimentos da polícia e estranhou o policial, que estava envolvido na situação, não ter sido preso em flagrante.
“Gostaríamos de esclarecer que durante a audiência de custódia o Ministério Público reconheceu falhas no procedimento visando o objetivo de amenizar a situação da acusada tanto que estranhou porque que o policial civil, esposo dela, também não foi flagranteado e isso foi fundamentação para que a juíza analisasse esses erros no procedimento. Ele entendeu que quando foi encaminhado para a justiça a autoridade policial deixou, inclusive, de juntar o exame de corpo de delito da vítima com aparente intuito de que ela fosse posta em liberdade nessa audiência de custódia”, disse.

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