‘Pocotó’ tentou mudar de vida antes de ser esquartejado em Manaus: ‘saiu de um culto’

'Pocotó' tentou mudar de vida antes de ser esquartejado em Manaus: 'saiu de um culto'

Manaus (AM) – Novas informações revelam o que pode ter levado à execução brutal de Kildery Nascimento Cruz, 22 anos, conhecido como “Pocotó”, cujo corpo esquartejado foi encontrado na noite de segunda-feira (9), na Avenida Alarico Furtado, bairro Jorge Teixeira, zona Leste da capital. A polícia acredita que a motivação do crime esteja diretamente ligada à tentativa de Kildery de deixar o mundo do crime e romper com sua antiga facção, o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Fontes ligadas à investigação apontam que Kildery vinha sendo monitorado por criminosos do Comando Vermelho (CV), que o consideravam uma “ameaça silenciosa” por sua antiga ligação com o grupo rival. A tentativa do jovem de reconstruir a vida, frequentando uma igreja evangélica e conseguindo um emprego formal, não foi suficiente para afastá-lo da mira de seus algozes.

O requinte de crueldade na execução reforça a tese de vingança entre facções. Kildery, o Pocotó, teve o peito mutilado, justamente onde havia uma tatuagem ligada ao PCC — um “sinal de lealdade” que os criminosos arrancaram como forma de punição simbólica. Fontes da polícia confirmam que a prática é comum em execuções de ex-integrantes que “traem” ou tentam abandonar o crime.

A polícia também trabalha com a possibilidade de que a tentativa de sequestro dias antes da execução tenha sido uma primeira investida do grupo criminoso. Moradores relataram que Kildery escapou por pouco após sair de um culto.

O caso segue em investigação pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), que busca identificar os responsáveis pela execução. Até agora, ninguém foi preso.

Vídeos da cena do crime, gravados pelos executores, ainda circulam nas redes sociais em tom de intimidação. A população pode colaborar com denúncias anônimas pelo 180.

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