Manaus (AM) – A Justiça do Amazonas decretou a prisão preventiva de dois policiais militares suspeitos de invadirem uma casa no sábado (25), no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus. A decisão é do juiz Alcides Carvalho Vieira Filho.
O caso surgiu após os PMs entrarem na casa alegando que haviam recebido uma denúncia anônima de que a residência funcionava como uma fábrica clandestina de charque.
“Os agentes revistaram a casa, dois freezers e duas geladeiras” e ao final da revista afirmaram “que era melhor não levar [o caso] à delegacia, onde lá uma das vítimas poderia ser presa”, afirmaram as vítimas para polícia.
Os policiais pediram uma quantia de R$ 200 reais que seria para o “almoço” dos agentes. Uma das vítimas chegou a pagar R$ 150 reais, dois dos PMs negaram participação. De acordo com dois dos envolvidos, a dupla deu apoio para um Polícia Civil, que o abordaram e pediram ajuda para entregar um ofício na residência. A versão dos PMs não teria convencido a justiça, que converteu a prisão em flagrante dos PMs em prisão preventiva:
“Em consonância com parecer ministerial, decido pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva […] como garantia da ordem pública. Assim, determino a expedição do competente mandado de prisão preventiva”.
Outro caso:
A Justiça do Amazonas suspendeu os policiais militares envolvidos em uma chacina na AM-010, que deixou quatro mortos em dezembro de 2022. Com isso, os PMs também deixarão de receber os salários.
Os corpos das vítimas foram encontrados em um carro no ramal Asa Branca. A decisão foi feita pelo juiz de direito Lucas Couto Bezerra, que responde pela 2ª Vara do Tribunal do Júri.
Justiça suspende salários e afasta PMs envolvidos em chacina na AM-010 em Manaus