Brasil – A Polícia Federal decidiu prorrogar por mais 60 dias o prazo para concluir o inquérito que investiga as tentativas de golpe contra a democracia, supostamente lideradas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro após sua derrota nas eleições. Segundo as investigações, Bolsonaro teria tentado golpes em duas ocasiões, sendo a última delas em 8 de janeiro, por meio de seus seguidores.
Na última tentativa, enquanto Bolsonaro estava nos Estados Unidos, participando de um evento em Orlando, ocorreu a chamada “Festa da Selma”, uma operação para depor o então presidente recém-empossado, Luiz Inácio Lula da Silva. Militares da ativa teriam testemunhado os eventos sem intervir, enquanto os golpistas, após invadirem a Praça dos Três Poderes, retornaram ao acampamento montado próximo ao Quartel-General do Exército.
A Polícia Militar, com ordens para prender os envolvidos, encontrou resistência do Comandante do Exército, que mobilizou tanques para impedir as detenções imediatas. A prisão dos golpistas só foi realizada no dia seguinte. Enquanto isso, a Polícia Federal continua a coletar provas e evidências sobre o caso, acreditando estar pronta para prender o ex-presidente Bolsonaro.
No entanto, para que isso ocorra, aguarda-se uma ordem da Justiça, especialmente do ministro Alexandre de Moraes, presidente do inquérito que investiga o caso no Supremo Tribunal Federal. A prorrogação do prazo permitirá à PF aprofundar ainda mais suas investigações e reunir elementos suficientes para uma eventual prisão de Bolsonaro.