BRASIL – A Polícia Federal (PF) descobriu um esquema criminoso que envolve a venda de emendas parlamentares. Três deputados federais do Partido Liberal (PL) estão sendo investigados: Josimar Maranhãozinho (MA), Pastor Gil (MA) e Bosco Costa (SE). Eles são acusados de desviar dinheiro público que deveria ser usado para a saúde no município de São José de Ribamar, no Maranhão.
Segundo a PF, os deputados pegavam dinheiro emprestado com um agiota, conhecido como “Pacovan”, e direcionavam emendas parlamentares para o município. Quando o dinheiro chegava à prefeitura, o grupo ameaçava o prefeito para que ele devolvesse parte do valor. Esse dinheiro desviado era usado para pagar o agiota.
O deputado Josimar Maranhãozinho é apontado como o líder do esquema. Ele coordenava a destinação do dinheiro e a cobrança ilegal, usando até armas para ameaçar os gestores municipais. O então prefeito de São José de Ribamar, Eudes Sampaio, denunciou o esquema em 2020, após se recusar a pagar o “pedágio” exigido pelo grupo. Ele relatou ter sido ameaçado e até extorquido.
Como funcionava o esquema
- Empréstimo com agiota: Os deputados pegavam dinheiro emprestado com o agiota “Pacovan”.
- Destinação das emendas: Eles direcionavam emendas parlamentares para o município de São José de Ribamar.
- Cobrança ilegal: Quando o dinheiro chegava à prefeitura, o grupo ameaçava o prefeito para que ele devolvesse parte do valor.
- Pagamento ao agiota: O dinheiro desviado era usado para pagar o agiota.
Papel de cada deputado
- Josimar Maranhãozinho (PL-MA): Líder do esquema, coordenava a destinação do dinheiro e a cobrança ilegal, usando até armas para ameaçar os gestores.
- Pastor Gil (PL-MA): Participava do núcleo político do esquema, desviando parte do dinheiro de suas próprias emendas e negociando com prefeitos.
- Bosco Costa (PL-SE): Também fazia parte do núcleo político, desviando recursos de suas emendas e negociando com lobistas.
Defesas dos deputados
A defesa do deputado Pastor Gil afirmou que aguarda o julgamento da denúncia pelo Supremo Tribunal Federal (STF), confiante de que ele será considerado inocente. Já as defesas de Bosco Costa e Josimar Maranhãozinho não se manifestaram até o momento.
Próximos passos
A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou uma denúncia contra os deputados. O caso será julgado no dia 25 de fevereiro pelo STF. Se a denúncia for aceita, os deputados se tornarão réus e poderão ser processados. Caso contrário, o caso será arquivado.