Dirigido por Osgood Perkins, O Macaco (The Monkey) é a mais nova adaptação de uma das obras de Stephen King a chegar aos cinemas. Conhecido como um dos mestres do terror moderno, o autor criou uma trama com elementos aparentemente cômicos, mas que se mostram muito perturbadores quando descobrimos suas consequências.
O longa-metragem é baseado no conto de mesmo nome que o autor lançou em 1980, e tem como estrela um insuspeito macaco de brinquedo. O que torna ele assustador não é sua expressão que mistura choque e terror, mas sim o fato de que, toda vez que ele é acionado, alguém acaba morrendo de forma violenta.
Qual é a trama de O Macaco?
O Macaco mostra a história dos gêmeos Hal e Bill, ambos interpretados pelo ator Theo James. Eles são filhos de Petey Shelburn que, em 1999, tentou destruir um misterioso brinquedo na forma de um macaco que acompanhava um conjunto de tambores. No entanto, isso acaba resultando na morte do dono da loja de penhores à qual o objeto tinha sido levado — e no desaparecimento do personagem.
Anos depois, os protagonistas descobrem o macaco de brinquedo guardado em um armário e acabam ativando os mecanismos que o fazem funcionar. Isso resulta na morte da babá Annie e da mãe da dupla, Lois, motivando os irmãos a desmontar e jogar fora o brinquedo — que reaparece intacto depois de eles se mudarem para o Maine.
Após uma nova tragédia, eles decidem selar o item com esperança de que ele nunca mais reapareça. No entanto, 25 anos depois disso, novos eventos vão fazer com que O Macaco retorne a suas vidas, provocando ainda mais mortes em meio a um conflito entre irmãos que nunca foi plenamente resolvido.
Além de Theo James, o elenco do filme também conta com nomes como Christian Convery, Tatiana Manslany, Elijah Wood, Colin O’Brien, Rohan Campbel e Sarah Levy. A produção executiva é assinada por James Wan, Dave Caplan, Brian Kavanaugh-Jones e Chris Ferguson, bem como pelas companhias C2, Atomic Monster e The Safran Company.
Onde assistir ao longa-metragem?
Distribuído no Brasil pela Paris Filmes, O Macaco chegou aos cinemas nacionais no dia 20 de fevereiro e continua em cartaz no momento. Nos Estados Unidos, ele também continua disponível no circuito comercial, tendo sido distribuído pela Neon após obter certa repercussão durante o Festival de Cannes de 2024.
O longa-metragem de terror superou as expectativas de sua distribuidora nacional, tendo levado 130 mil pessoas para as salas de cinemas durante seu fim de semana de estreia — e 60 mil durante a pré-estreia. Com um orçamento de pouco mais de US$ 10 milhões, a obra arrecadou mais de US$ 45 milhões na bilheteria mundial e já pode ser considerado um grande sucesso.
O Macaco mudou o conto original por causa da Disney
Embora seja fiel à obra de Stephen King, a versão cinematográfica de O Macaco tem uma mudança bastante importante na caracterização de seu brinquedo assassino. Enquanto a versão dele na literatura usa pratos como seu instrumento, nos cinemas ele aparece tocando um pequeno tambor.
Em uma entrevista concedida à SFX Magazine, o diretor Perkins revelou que essa decisão foi motivada pela Disney. A companhia é a dona do design do brinquedo clássico do macaco usando pratos, que foi usado por ela como um dos personagens de fundo que aparecem na série Toy Story.
“Foi uma daquelas situações que uma limitação se transformou uma oportunidade”, explicou. Segundo ele, a decisão de usar uma bateria como substituto foi certeira, dado que a melodia proporcionada pelo instrumento acaba gerando uma tensão que beneficia muito os eventos mostrados pelo filme.
Longa-metragem é elogiado pela crítica
Enquanto o terror é um gênero que nem sempre é bem-recebido pela crítica especializada, O Macaco tem sido uma exceção a essa regra. No Rotten Tomatoes, o longa-metragem é recomendado por 79% dos mais de 250 reviews profissionais, mas as mais de 1 mil impressões deixadas pelo público só dão a ele uma aprovação de 58%.
“Cruelmente inteligente, com algumas cenas sangrentas inesquecíveis, The Monkey reafirma a autenticidade do diretor Osgood Perkins no gênero de terror, ao mesmo tempo em que revela que ele também tem um surpreendente — embora doentio — senso de humor”, diz o consenso da crítica no RT.
Para o Chicago Reader, que aprovou o longa, ele consegue ir além de suas mortes sangrentas e mostra um bom estudo de como pessoas conseguem responder a situações aleatórias. Já o San Francisco Chronicles afirma que a obra falha como uma história de humor sombrio e em criar qualquer motivo para nos importarmos com seus personagens.
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