Novas imagens mostram como onça atacou caseiro

Novas imagens mostram como onça atacou caseiro

Brasil – Um ataque de onça ganhou contornos chocantes com novas revelações sobre a morte do caseiro Jorge Ávalo, de 60 anos, na segunda-feira (21). Trabalhando em um pesqueiro às margens do rio Miranda, em Aquidauana (MS), o idoso foi vítima de um ataque calculista por uma onça-pintada que, segundo relatos, vinha monitorando seus movimentos há semanas. Os detalhes foram divulgados no relato de um sobrinho da vítima.

O sobrinho de Jorge revelou informações sobre o comportamento da onça antes do ataque fatal. Segundo ele, o felino frequentava as imediações do pesqueiro durante o dia, muitas vezes sendo filmada pelas câmeras de segurança enquanto descansava perto dos barcos ou beirava a água. O animal parecia ter aprendido a rotina meticulosa do caseiro, que incluía acordar às 5h da manhã, preparar seu café e, por volta das 6h, fazer a inspeção dos barcos ancorados no rio.

Ouça o relato chocante

No dia da tragédia, a onça armou uma emboscada cuidadosa. Escondeu-se atrás de um pé de acuri próximo à passarela que levava aos barcos, local que Jorge inspecionava religiosamente todas as manhãs. Quando o caseiro se aproximou para sua rotina matinal, o felino aguardou o momento exato para atacar.

Ao ver sua rota de fuga bloqueada, Jorge tentou se refugiar nos barcos. A onça saltou da plataforma diretamente sobre o caseiro, derrubando-o com um golpe preciso que esmagou seu crânio. O sobrinho descreveu com angústia como seu tio não teve chance de escapar nesse momento decisivo, quando a distância para a casa já era grande demais para alcançar segurança.

Corpo do caseiro (Foto: Divulgação)

A Polícia Militar Ambiental encontrou os restos mortais de Jorge em uma toca do animal, a cerca de 300 metros do local do ataque inicial. Pegadas frescas e fragmentos de roupas marcavam o trajeto onde a onça havia arrastado seu corpo. O caso chama atenção para a inteligência e capacidade de planejamento desses predadores, que muitas vezes subestimamos.

Uma semana antes da tragédia, o próprio Jorge havia identificado rastros de duas onças na área, mas em tom de brincadeira, havia descartado o perigo – “Não vai comer não!”.

O caso levanta questões importantes sobre a segurança de trabalhadores rurais em áreas de preservação ambiental, onde a convivência entre humanos e predadores exige protocolos mais rígidos. Enquanto a família de Jorge se prepara para seu enterro, autoridades ambientais discutem medidas para prevenir novos ataques, sem que isso signifique uma guerra contra os animais selvagens.

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