Brasil – Claudiane Maria Joventino dos Santos, 39 anos, faleceu na noite de segunda-feira (24), no Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, vítima de um crime brutal cometido pelo ex-companheiro, Eraldo Delfino. A mulher estava internada desde o início de março, após ter 70% do corpo queimado em um ato de violência extrema ocorrido dentro de sua residência, no bairro Antares.
Segundo relato da filha da vítima, Delfino jogou álcool sobre Claudiane e ateou fogo, mantendo-a trancada no imóvel por mais de 24 horas. Somente após um vizinho perceber a gravidade da situação, o socorro foi acionado. A vítima foi inicialmente levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Santa Lúcia e, posteriormente, transferida ao HGE, onde não resistiu às graves queimaduras.
Antes de sua morte, Claudiane relatou à Polícia Militar que já havia sido ameaçada e agredida anteriormente por Delfino. Ela possuía uma medida protetiva contra o agressor, mas, mesmo assim, não conseguiu escapar do ciclo de violência. A filha da vítima revelou que a mãe vivia em um relacionamento abusivo e já tinha sofrido outras agressões ao longo do tempo.
Eraldo Delfino foi preso cerca de uma semana após o crime e está à disposição da Justiça. O caso, que inicialmente era tratado como tentativa de feminicídio, agora está sendo investigado como feminicídio consumado pela Polícia Civil de Alagoas.
A morte de Claudiane gerou comoção entre familiares, amigos e internautas. Em uma postagem emocionante, sua filha desabafou sobre a perda irreparável: “Lembra quando a senhora prometeu pra mim que sempre estaria comigo? Que sempre seria minha melhor amiga… Agora eu não tenho ninguém em quem posso confiar”.
O caso reforça a necessidade urgente de medidas mais eficazes para proteger vítimas de violência doméstica. Organizações de defesa dos direitos das mulheres cobram das autoridades mais rigor na aplicação da Lei Maria da Penha e políticas públicas que garantam a segurança das mulheres em situação de risco.