Mulher morta após negar reconciliação no palco tinha 4 filhos e trabalhava em 2 empregos

Mulher morta após negar reconciliação no palco tinha 4 filhos e trabalhava em 2 empregos

Brasil – Mãe de quatro filhos e conhecida por sua luta diária para sustentar a família, Vitória Régia Ferreira de Lima, de 32 anos, foi morta a facadas pelo ex-companheiro, Adailton Silva, após recusar uma tentativa de reconciliação pública durante uma festa junina, na última quinta-feira (12), na cidade de Solânea, no Brejo da Paraíba.

Vitória dividia sua rotina entre dois empregos, babá e auxiliar de serviços gerais, e havia concluído recentemente um curso de cuidadora de idosos. Sonhava em oferecer uma vida melhor aos filhos e conquistar a casa própria, segundo relatos emocionados de familiares.

Horas antes do crime, Adailton, com quem Vitória manteve um relacionamento por apenas dois meses, subiu no palco da festa de Santo Antônio e, diante da multidão, pediu que o cantor Kelson Kizz chamasse a ex-namorada. Vitória, no entanto, se recusou a aparecer.

Foto: Divulgação

De acordo com o primo da vítima, Jefeson Luís, o suspeito já vinha demonstrando comportamento obsessivo desde o término, há menos de um mês. “Ele estava alugando uma casa na mesma rua dela e ficava vigiando. A gente percebeu que ele não aceitava o fim”, contou.

Após ser retirado do evento pela Polícia Militar, Adailton aguardou Vitória deixar o local. Assim que ela se aproximou da sua residência, foi surpreendida e atacada com diversos golpes de faca. Câmeras de segurança flagraram o momento em que a vítima ainda tenta fugir, mas é alcançada pelo agressor.

Vitória foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. O crime chocou não só a comunidade, mas também quem participou do evento, incluindo o próprio cantor que, em postagem nas redes sociais, relatou estar abalado. “Ele subiu no palco dizendo que faria um pedido de casamento. Depois mudou para reconciliação. Estou sem dormir desde que soube o que aconteceu”, escreveu Kelson Kizz.

Após o assassinato, o suspeito voltou para casa, trocou de roupa e tentou retornar ao local do crime fingindo prestar socorro. A estratégia, segundo o delegado Diógenes Fernandes, fazia parte de uma tentativa de enganar os investigadores. “Foi uma ação fria e calculada”, afirmou.

O caso reacende o alerta sobre a gravidade da violência contra a mulher e reforça a necessidade de medidas mais efetivas de proteção às vítimas. Até o momento, a Polícia segue nas buscas por Adailton, que fugiu após cometer o crime. A família de Vitória pede justiça.

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