Brasil – O ministro Alexandre de Moraes impôs “humilhação” a Bolsonaro e ao empresário Luciano Hang na retomada do julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira (31) da ação que acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro de abuso de poder político e econômico através do uso eleitoral das celebrações da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 2022.
Moraes relembrou que Bolsonaro priorizou Luciano Hang no evento de Celebração da Independência. De acordo com o ministro, a cena foi patética.
“Uma cena patética e triste para o Brasil. Uma cena que foi veiculada para o mundo todo. O presidente simplesmente afastando o presidente de Portugal e chamando seu cabo eleitoral, vestindo sua tradicional vestimenta verde-periquito. Vestido para fazer campanha”.
Vídeo: ‘Cena patética e triste para o Brasil’: Moraes cita presença de Luciano Hang ao julgar uso eleitoral do 7 de setembro
— Tucumamidias4 (@Tucumamidias411) November 1, 2023
A maioria dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) votou nesta terça-feira (31) pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo uso eleitoreiro das comemorações de 7 de setembro de 2022.
TSE condena Bolsonaro por uso político do 7 de setembro
É a segunda condenação de Bolsonaro à inelegibilidade por oito anos. Contudo, o prazo de oito anos continua valendo em função da primeira condenação e não será contado duas vezes. O ex-presidente está impedido de participar das eleições até 2030.
Até o momento, por 4 votos a 1, prevalece na votação a manifestação do relator, ministro Benedito Gonçalves. No voto proferido na sessão de 24 de outubro, o ministro citou as irregularidades que Bolsonaro cometeu durante o 7 de setembro em Brasília e no Rio de Janeiro.
Entre elas as ilegalidades, Gonçalves citou a autorização do governo para que tratores de agricultores apoiadores do ex-presidente participassem do desfile militar e para entrada de um trio elétrico na Esplanada dos Ministérios para realização do comício de Bolsonaro após o desfile.
Maioria do TSE condena Bolsonaro por uso político do 7 de setembro