Nesta quinta-feira (21), a Maxmilhas, que faz parte do mesmo grupo da 123milhas, entrou com pedido de recuperação judicial. Na solicitação enviada ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a empresa informou que acumula dívidas de R$ 226 milhões.
O pedido foi motivado pelos efeitos que a situação da 123milhas causaram no segmento, segundo a Maxmilhas. Apesar de fazerem parte da mesma organização, as duas parceiras operavam de forma independente.
Apesar da solicitação, a Maxmilhas afirma que não irá cancelar passagens nem reservas de hotéis.Fonte: Getty Images/Reprodução
A marca alegou ainda que os problemas relacionados à 123milhas tiveram um forte impacto no mercado, dificultando “significativamente” a sua situação financeira, levando ao pedido de recuperação judicial. No início de setembro, a agência realizou uma demissão em massa, dispensando 18% do seu quadro de colaboradores, estimado em 460 funcionários na época.
Queda nas vendas
No pedido encaminhado ao TJMG, a Maxmilhas cita a queda de faturamento de 70% com a venda de passagens aéreas e a diminuição de 90% na comercialização de hospedagens, no período de um mês. Estas reduções teriam relação com a crise da 123milhas, como explica a agência.
Outro detalhe divulgado pela empresa é que não haverá suspensão de produtos nem cancelamentos de passagens e reservas de hospedagens. A Maxmilhas também afirmou que as pendências trabalhistas não foram incluídas entre os débitos listados na solicitação feita à justiça.
Caso o pedido de recuperação judicial da Maxmilhas seja deferido, a empresa conseguirá evitar a cobrança das dívidas acumuladas enquanto organiza um plano de pagamento aos credores. Fundada na capital mineira em 2012, a marca diz ter viabilizado cerca de 12 milhões de viagens até o momento.