As investigações sobre o sequestro de um empresário de 74 anos em Manaus, ocorrido no dia 10 de setembro, avançaram com a revelação de novos nomes considerados peças-chave do crime. Nesta sexta-feira (26), o delegado Cícero Túlio, titular do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP), divulgou os nomes de mais dois suspeitos foragidos: “Juninho” e Normando Neto, apontados como líderes da associação criminosa por trás do caso.
De acordo com o delegado, Juninho tem histórico em outros crimes graves, incluindo sequestros e latrocínios, enquanto Normando Neto teria a função específica de administrar e “lavar” o dinheiro obtido ilegalmente. A busca pelos dois intensificou-se após delações e novas prisões realizadas nesta semana.
Com a detenção de três funcionários da empresa da vítima – Jordan Oliveira da Silva e as irmãs Silviane Araújo da Silva e Bárbara Pereira Bezerra –, o número total de presos subiu para oito. Os três, que continuavam trabalhando normalmente, eram acusados de repassar informações sigilosas sobre a rotina do empresário para facilitar a emboscada.

“Essas pessoas estavam no ambiente de trabalho, agindo como se nada tivesse acontecido, mesmo já tendo contribuído para um crime grave. Esse é um dos pontos que mais chama a atenção: a capacidade de dissimulação dos envolvidos”, destacou o delegado.
O caso teve como mentor o próprio filho adotivo da vítima, David Francisco Alves Sá, que arquitetou o sequestro para quitar uma dívida com o tráfico de drogas. O elo interno era o entregador Douglas, “Dodô Jogador”, preso no dia 15, que recebia dados dos funcionários e repassava aos executores.
O prejuízo estimado supera R$ 700 mil, valor pago como resgate. A polícia segue com as investigações para localizar Juninho e Normando Neto, enquanto os já presos aguardam julgamento. O caso expõe a crueldade de um crime familiar que chocou Manaus.