Justiça decide que acusada de causar morte de personal em acidente no AM

Justiça decide que acusada de causar morte de personal em acidente no AM

Amazonas – A Justiça do Amazonas determinou que Rosa Ibere Tavares Dantas será levada a julgamento pela morte do personal trainer Talis Roque da Silva, ocorrida em um acidente de trânsito no bairro Vieiralves, zona centro-sul de Manaus, em agosto de 2023. A decisão foi proferida nesta segunda-feira (28), pelo juiz Áldrin Henrique de Castro Rodrigues, da 10.ª Vara Criminal.

Defesa tentou encerrar o processo

A defesa de Rosa Ibere havia solicitado o arquivamento do caso, argumentando que não havia elementos suficientes para justificar um julgamento. No entanto, o juiz rejeitou o pedido, afirmando que as alegações apresentadas pela defesa “precisam ser analisadas com mais profundidade no decorrer do processo”.

Passaporte retido e viagem à França

Um dos pontos de destaque na decisão judicial foi a situação do passaporte da acusada. Embora Rosa não tenha sido presa, a Justiça determinou que ela entregue o documento em até cinco dias. Caso não cumpra a ordem, estará sujeita a multa diária de R$ 10 mil, limitada a R$ 300 mil.

A medida foi tomada devido à dificuldade em localizar Rosa para entrega de intimações. A Polícia Federal informou que ela viajou para Paris, na França, em maio de 2024, e não há registro de retorno ao Brasil desde então.

Além disso, o juiz negou o pedido da defesa para que o processo corresse em segredo de justiça.

Relembre o caso

O acidente ocorreu no dia 31 de agosto de 2023, na Rua Pará, no bairro Vieiralves. Segundo a investigação, o carro Volkswagen Taos conduzido por Rosa Ibere atingiu a motocicleta pilotada pelo personal, que morreu no local.

O Ministério Público do Amazonas apresentou denúncia por homicídio culposo na direção de veículo automotor, alegando que a morte foi causada por imprudência, negligência ou imperícia da condutora.

Perícia mantida

A Justiça também rejeitou um novo pedido da defesa para questionar o laudo pericial das imagens de segurança do local do acidente. Segundo o juiz, a perícia atestou a autenticidade e integridade das gravações, garantindo que não houve qualquer tipo de manipulação ou fraude.

“Em que pese os argumentos da Defesa, a tese não merece guarida. A perícia realizada nas imagens captadas por câmeras de segurança teve por objetivo assegurar a integridade e autenticidade das imagens”, afirmou o magistrado na decisão.

Com a continuidade do processo, uma audiência de instrução e julgamento será agendada. Nela, testemunhas deverão ser ouvidas e novas provas poderão ser apresentadas para que a Justiça decida se Rosa Ibere é culpada ou inocente.

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