Brasil – Rafael Marcel Dias Simões, conhecido como “Jaguar”, terceiro suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Ruy Ferraz Fontes, se entregou à polícia na madrugada deste sábado (20). Ele é apontado pelas investigações como um dos três atiradores que executaram o crime na última segunda-feira, em Praia Grande.
Jaguar se apresentou voluntariamente na delegacia de São Vicente, após ter a prisão temporária decretada pela Justiça na sexta-feira (19). Com passagens por roubo, sequestro e tráfico de drogas, o suspeito é identificado pela polícia como integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital), facção que foi um dos principais alvos de Fontes durante sua gestão à frente da Polícia Civil paulista.
O ex-delegado foi morto a tiros ao sair da Prefeitura de Praia Grande, onde ocupava o cargo de secretário municipal de Administração. As investigações indicam que a execução foi uma retaliação pelas operações promovidas por Fontes contra a facção.
O que diz a defesa de “Jaguar”
Em contraponto às acusações, o advogado de Jaguar, Adonira Correia, afirmou que o cliente nega qualquer participação no crime e alega possuir “alibis sólidos”, como registro de ponto no trabalho e comprovantes de que estava buscando a filha na escola no horário do assassinato.
A polícia segue em busca de outros quatro investigados relacionados ao caso. O crime chocou o estado e reacendeu o alerta sobre a atuação de facções criminosas na Baixada Santista.