Infecções respiratórias graves apresentam tendência de aumento no Brasil, aponta Fiocruz

Infecções respiratórias graves apresentam tendência de aumento no Brasil, aponta Fiocruz

SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O boletim InfoGripe divulgado nesta quinta-feira (18) pela Fiocruz indica tendência de alta nos casos de SRAG (síndrome respiratória aguda grave) nas últimas três semanas no Brasil, mesmo com estabilidade ou oscilações nos últimos 40 dias. O aumento tem sido mais significativo entre jovens e idosos por influenza A em Goiás e no Distrito Federal.

Além da influenza A, a Covid-19 tem contribuído para a alta de casos em Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais e Espírito Santo, especialmente entre idosos. Há também um leve crescimento nas notificações de SRAG por Covid em estados do Centro-Sul, como Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de algumas unidades do Nordeste (Bahia, Piauí e Paraíba) e do Pará, sem impacto relevante nas hospitalizações até o momento.

O InfoGripe é uma iniciativa do SUS (Sistema Único de Saúde) voltada ao monitoramento de SRAG no país. A análise divulgada nesta quinta abrange o período de 7 a 13 de setembro.

Oito das 27 unidades federativas apresentam incidência de SRAG em nível de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas, com sinal de crescimento na tendência de longo prazo (últimas seis semanas). São elas: Amazonas, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Rondônia.

O rinovírus também tem contribuído para o aumento dos casos de SRAG nessas regiões, com maior número de infecções nas crianças e adolescentes de dois a 14 anos, porém com sinal de interrupção do crescimento no Distrito Federal. No Amazonas, observa-se uma desaceleração do crescimento dos casos de SRAG por VSR (vírus sincicial respiratório) nas crianças de até dois anos.

Entre as capitais, Brasília, Florianópolis, Manaus, Rio de Janeiro e São Luís apresentam nível de atividade de SRAG em alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas.

Em 2025, foram notificados 176.451 casos de SRAG, sendo 93.788 (53,2%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 62.192 (35,2%) negativos e ao menos 8.995 (5,1%) ainda aguardando resultado.

Diante desse cenário, a Fiocruz reforça a necessidade de manter as medidas de prevenção, com a vacinação como principal forma de proteção contra casos graves e óbitos, tanto por influenza quanto por Covid-19, e recomenda que os grupos prioritários mantenham suas vacinas em dia.

Também orienta a adoção de cuidados em situações de sintomas gripais, o que inclui isolamento ou uso de máscara em caso de gripe ou resfriado, uso de máscara em postos de saúde e, em regiões com maior crescimento dos casos de SRAG, o uso de máscara em locais fechados e com maior aglomeração de pessoas.

Vítimas do Zika podem ser indenizadas ainda em setembro, diz ministro

As crianças com deficiência permanente associada ao vírus Zika receberão uma pensão especial, mensal e vitalícia, equivalente ao teto dos benefícios pagos pela Previdência Social – hoje, equivalente a R$ 8.157,40

Agência Brasil | 18:12 – 18/09/2025

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *