Manaus (AM) – Durante a live intitulada “Zona Franca de Manaus Precisa Acabar”, membros do Movimento Brasil Livre (MBL) criticaram o modelo econômico da Zona Franca de Manaus (ZFM), alegando que ele representa um entrave ao desenvolvimento do Brasil e que os incentivos fiscais concedidos à região prejudicam a competitividade nacional. As declarações geraram reações de políticos amazonenses, que saíram em defesa do polo industrial.
O deputado estadual Wilker Barreto (Cidadania) repudiou as falas do MBL, afirmando que atacar a ZFM demonstra desconhecimento sobre sua importância econômica e social. Em publicação nas redes sociais, Barreto destacou que a Zona Franca de Manaus não apenas sustenta milhares de empregos diretos e indiretos, mas também desempenha um papel fundamental na preservação ambiental da Amazônia. “É inaceitável que movimentos políticos, sem conhecimento da realidade local, tentem desqualificar um modelo que garante dignidade a milhões de amazonenses”, declarou.
O ex-deputado federal Marcelo Ramos (PT) também reagiu às declarações do MBL, usando suas redes sociais para enfatizar que a ZFM é essencial para a economia do Amazonas e para a redução das desigualdades regionais. Ramos criticou a postura do movimento, acusando-o de defender interesses que não levam em consideração a realidade da região Norte.
“Quem ataca a Zona Franca de Manaus ou desconhece o Brasil ou tem interesses escusos contra o Amazonas. […] O MBL é um grupo que faz do seu preconceito e da ignorância instrumentos de propaganda política.”, afirmou.
O Movimento Brasil Livre (MBL) ganhou notoriedade nacional durante as manifestações de 2015 contra a então presidente Dilma Rousseff (PT), desempenhando um papel central nos protestos pelo impeachment. Desde então, o grupo tem se posicionado em temas políticos e econômicos, frequentemente adotando pautas liberais e críticas a modelos de subsídios e incentivos fiscais, como os praticados na Zona Franca de Manaus.