Hyperscape: tecnologia da Meta transforma qualquer ambiente em Realidade Virutal

Hyperscape: tecnologia da Meta transforma qualquer ambiente em Realidade Virutal

A Meta apresentou na noite da última quarta-feira (17) a versão final de uma tecnologia prometida no ano passado para uso em Realidade Virtual (VR). Trata-se do Hyperscape, um aplicativo que usa o headset da empresa para gerar gêmeos digitais do local em que você se encontra.

A ferramenta funciona a partir dos próprios modelos de headset Meta Quest 3 ou Quest 3S, sem a necessidade de equipamentos adicionais, e permite ao usuário mapear o ambiente ao redor para gerar uma versão virtual do espaço.

Na demonstração feita para a imprensa no evento Meta Connect 2025, convidados tiveram acesso a um quarto de verdade e a versão imersiva dele, além da recriação de ambientes como uma cozinha do chef Gordon Ramsay e um octógono do UFC, ambos mapeados pelo Hyperscape.

Por enquanto, o Meta Horizon Hyperscape Capture está disponível na loja interna da companhia apenas em versão Beta e restrita a usuários dos Estados Unidos com 18 anos de idade ou mais. A marca prometeu ampliar o lançamento do app para outros países em breve, além de trazer outros recursos que tornam os mapas mais interativos.

Como funciona o “clone” de cômodos do Hyperscape

São várias as possíveis replicações do Hyperscape, desde treinamento corporativo até a realização de eventos ou para simples entretenimento;

  • O Hyperscape trabalha com uma tecnologia chamada Gaussian Splatting, que é uma forma avançada de renderização em 3D no estilo fotorrealista que usa pequenas “manchas” como indicativo de leitura de um ambiente, além de processamento em nuvem e uma poderosa plataforma de transmissão desse material;
  • O primeiro passo para criar uma réplica do local é fazer o mapeamento do ambiente usando o Meta Quest, em um processo que leva no máximo 30 segundos. Com o headset na cabeça, o usuário precisa mover a cabeça para os lados em um movimento panorâmico para que a câmera capture todos os detalhes;
  • Na segunda etapa do escanemento, o usuário deve caminhar pelo cômodo e se aproximar de paredes e objetos para que o sistema reconheça distâncias e crie a sensação de profundidade entre os elementos. A etapa leva “alguns minutos”, dependendo do tamanho e da complexidade do cômodo;

 

  • Por fim, o resto do trabalho é feito pela própria Meta: todos os dados coletados são enviados para os servidores da empresa e convertidos na simulação em 3D. Isso pode demorar até quatro horas e, quando finalizado, o cômodo aparece pronto para reprodução no aplicativo;
  • Até o momento, o usuário parece capaz de recriar apenas ambientes fechados, que foram os tipos de local exibidos como exemplos — não há informações sobre a possibilidade de escanear ou não regiões abertas, como parques ou até o meio da rua;
  • O uso do app por enquanto está restrito aos próprios mapeamentos da pessoa. De acordo com a Meta, em breve será possível visitar os cômodos que forem publicados na plataforma pela comunidade;

Jornalistas que testaram o recurso ao vivo elogiaram a capacidade imersiva do aplicativo e a fidelidade da recriação de ambientes. Porém, eles também apontaram que um olhar mais atento revela imperfeições nos ambientes e, especialmente ao chegar perto de objetos, a limitação na interatividade fica bastante visível.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *