Homem suspeito de estuprar e matar estudante vai a júri popular

Homem suspeito de estuprar e matar estudante vai a júri popular

Brasil – Janildo Silva Magalhães, suspeito de estuprar e matar a estudante, Amélia Vitória, vai a júri popular, em Aparecida de Goiânia. Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás, ainda não há uma data marcada para acontecer o júri. A estudante desapareceu ao ir buscar a irmã na escola em novembro de 2023.

O suspeito será representado pela Defensoria Pública do Estado de Goiás (DPE-GO). Em nota, a defensoria afirmou que vai cumprir o dever legal e constitucional de garantir a defesa de pessoas que não têm condições de pagar por um advogado.

Janildo já respondia por ter estuprado a enteada em 2022, antes da morte da estudante, segundo a Polícia Militar.

Crime

A estudante Amélia Vitória tinha 14 anos, quando foi raptada e morta, após sair de casa para buscar a irmã na escola, em Aparecida de Goiânia. Segundo as investigações, ela foi estuprada em dois locais diferentes por Janildo. Primeiro, em uma região de mata atrás de um imóvel e, depois, em um imóvel abandonado, conforme informou a polícia.

acordo com a polícia, Janildo tinha o costume de sair com uma bicicleta e cometer furtos e roubos na região onde Amélia Vitória desapareceu. “Muito possivelmente ele saiu naquela data para praticar roubo e furto. Ao avistar a vítima passar, quando ia buscar sua irmã na escola, e ele, contumaz nos delitos de ordem sexual, raptou a vítima e a levou para trás de um imóvel, onde teria a violentado a primeira vez”, afirmou o delegado Eduardo Rodovalho na época.

Após esse primeiro ato de violência sexual, o suspeito teria colocado a vítima no cano da bicicleta e feito um percurso de aproximadamente 6km com ela, até chegar no local que ele usava como esconderijo para usar drogas e guardar objetos roubados. Segundo o delegado Eduardo, no imóvel abandonado, Janildo teria continuado estuprando Amélia durante toda a noite, até decidir matar a estudante por meio de asfixia.

Dois dias após o desaparecimento de Amélia, os moradores denunciaram à polícia que um corpo havia sido abandonado em uma rua, no bairro Parque Hayala. Durante os exames no corpo, a perícia confirmou que a adolescente foi vítima de estupro.

Com o material genético encontrado, a polícia chegou até Janildo, que tinha DNA cadastrado no Banco Nacional de Perfis Genéticos por já responder na Justiça por um crime de estupro.

Segundo a investigação policial, depois de matar Amélia, o suspeito voltou para casa e pintou a bicicleta usada no crime, além de também ter rasgado a camiseta que usava, tendo a abandonado em um canto da casa, com o intuito de descartá-la.

O delegado Rodovalho informou, na época, que a mãe e a irmã de Janildo começaram a estranhar o comportamento dele e não deixaram que ele se livrasse da roupa. Aos policiais, a família do suspeito relatou também que, quando viam reportagens sobre o sumiço da menina, Janildo ficava alterado.

“Ele saiu de casa já com um comportamento estranho. A mãe dele diz que ele falou ‘Eu vou sair, não me espere. Não sei se vou voltar amanhã e nem se vou estar vivo’. No dia seguinte retornou já com outro comportamento, dizendo que ia pintar a bicicleta e depois sempre ficando alterado com reportagens da menina na televisão”, afirma o delegado.

De acordo com a polícia, a comoção da própria família com a morte de Amélia, fez com que Janildo decidisse retornar ao imóvel para abandonar o corpo da menina em um local de fácil localização. Perícia indica que ele envolveu o corpo no lençol e a arrastou até a rua.

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